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A. Ciências Exatas e da Terra - 1. Astronomia - 2. Astrofísica Estelar
PROCURA DE REGIÕES HII GIGANTES GALÁCTICAS
Natália Lopes Tambellini  e Augusto Damineli Neto 
Depto. de Astronomia, Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - USP, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP
Nossa galáxia é do tipo espiral, embora não saibamos qual o sub-tipo ou mesmo se existe uma barra central. Os braços espirais e barras são estruturas facilmente reconhecíveis pela presença de regiões de formação estelar recente: aglomerados estelares e regiões HII gigantes. Regiões HII gigantes (GHIIR) são definidas como tendo uma luminosidade maior que 1050 fótons/s no contínuo de Lyman, o que equivale a uma estrela tipo O3V, ou a 10 estrelas do tipo O7V. Tais regiões, além de fontes intensas de rádio, são fortes emissoras no infravermelho longínquo. Isso deveria permitir que todas as GHIIR da Via Láctea fossem detectáveis nessas faixas de comprimentos de onda, através de mapeamentos já realizados. O método usado até agora na determinação da posição Galactocêntrica das fontes consiste em entrar com a velocidade radial e as coordenadas galácticas num modelo de rotação. Os resultados não permitem uma boa visualização da estrutura espiral e, além disso, a metade mais distante da Via Láctea é praticamente desprovida de regiões HII. Isso é estranho, pois a extinção interestelar é desprezível na faixa rádio. Robert Blum e colaboradores estão conduzindo um projeto de medida de distância de estrelas OB que excitam regiões HII gigantes da Galáxia através de paralaxe espectroscópica na banda K. Os resultados indicam que as distâncias rádio são sistematicamente maiores que as obtidas por esse método de até um fator 2. Em particular, a metade mais distante da Galáxia ficou sem alvos.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Infravermelho; Regiões HII; Estrutura Galáctica

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005