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H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Lingüística - 6. Lingüística |
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O CLÍTICO se E A DIÁTESE VERBAL NO PORTUGUÊS BRASILERO |
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Juliana Antunes Nasser e Evani de Carvalho Viotti |
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Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP,
Departamento de Lingüística
, UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP |
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Objetivos: Nossa pesquisa teve por objetivo o estudo do clítico se e sua relação com a diátese verbal, entendida como em Franchi (1997 b). Nessa perspectiva, a diátese de um predicador corresponde a um esquema relacional complexo, que depende do número de argumentos que esse predicador toma, da qualidade dos papéis temáticos associados a esses argumentos, e da orientação da relação estabelecida entre os argumentos. Material e/ou métodos: Para classificarmos os comportamentos do clítico se em relação a alteração de diátese, examinamos dados de corpora, em especial os dados do NURC-SP, complementados com a construção de exemplos relevantes e testes de intuição de falantes nativos do português brasileiro. Resultados: O se impessoal e o se reflexivo relacionam-se à alteração da diátese no quesito qualidade dos papéis temáticos . O primeiro tem papel temático de desencadeador e o segundo, papel temático de afetado. O se ergativo, o se passivo e o se inerente-reflexivo relacionam-se à alteração da diátese no quesito número de argumentos que um verbo toma . Os dois primeiros são marcas morfológicas que indicam a supressão de um argumento sintático do verbo. O terceiro, por sua vez, é um morfema que indica a impossibilidade do verbo alterar o seu número de argumentos. Conclusões: Concluímos, assim, que o clítico se está sempre relacionado à alteração de diátese, ainda que de maneiras diversas e particulares. |
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Instituição de fomento: CNPq - PIBIC
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave:
diátese; verbal; clítico |
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Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005
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