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E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 5. Agronomia
DESEMPENHO AGRONÔMICO DE UM CLONE DE MARACUJAZEIRO-AZEDO COMERCIAL PROPAGADO POR Enxertia EM ESTACAS DE Passifloras SILVESTRES.
Daniel Anacleto da Costa Lage 1, Nilton Tadeu Vilela Junqueira 2, Daniella Miranda Silva 3, Luise Lottici Krahl 1, Thiago Alves Borges 1, José Ricardo Peixoto 1, Marcelo Fideles Braga 2 e Josefino de Freitas Fialho 2
1Faculdade de Agronomia e Veterinária/Universidade de Brasília 2Pesquisadores da Embrapa Cerrados - junqueir@cpac.embrapa.br 3Centro Universitário de Brasília, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
As doenças provocadas por patógenos do solo têm contribuído para a redução da vida útil da cultura do maracujá-azedo no Brasil. Uma alternativa de controle, a curto prazo, seria a utilização de porta-enxertos resistentes. O objetivo deste trabalho foi identificar porta-enxertos de passifloras silvestres promissores em termos de eficácia no pegamento da enxertia, produtividade e resistência a doenças. Metodologia - Estacas herbáceas foram retiradas de ramos de plantas de 4 espécies de passifloras silvestres e de um híbrido F1, tratadas com ácido naftaleno acético a 500ppm e mantidas em câmaras de nebulização. As enxertias do tipo inglês simples foram efetuadas 55 dias após coleta e plantio das estacas. As avaliações foram efetuadas 145 dias após o plantio das estacas determinando-se a porcentagem de pegamento da enxertia, de enxertos brotados e o comprimento do broto do enxerto. Mudas enxertadas foram plantadas em campo com mudas oriundas de sementes e estacas. A coleta de frutos e as avaliações da incidência de doenças foram iniciadas 6 meses após o plantio. Resultados - Foi observado um melhor desempenho da espécie Passiflora nitida e do híbrido F1 com 98,3% e 96,7% de enxertos pegos e 86,4% e 92,2% de enxertos brotados respectivamente. O comprimento médio dos brotos do enxerto sobre essas duas espécies, aos 145 dias, foi de 38,6cm e 57,6cm respectivamente. As avaliações realizadas em campo mostraram que, a utilização de P. nítida e do híbrido F1 como porta-enxertos para Passiflora edulis f flavicarpa foi uma medida eficiente no controle das doenças de solo. No entanto a produtividade observada nas plantas propagadas por estaquia foi cerca de duas vezes maior que a produtividade observada nos tratamentos de enxertia e semente. Conclusão - A produção de mudas por enxertia em estacas herbáceas enraizadas de P. nitida e do híbrido F1 foi tecnicamente viável, porém a produtividade observada parece não viabilizar sua utilização em escala comercial.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Passiflora edulis f. flavicarpa; Controle de doenças; Produtividade

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005