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G. Ciências Humanas - 3. Filosofia - 2. Filosofia
INCLUSÃO: DESVELANDO SENTIDOS NOS CURSOS DE PSICOLOGIA DAS IFES MINEIRAS
LUCIANA PACHECO MARQUES 1, FREDERIKA DE ASSIS BURNIER 1, CRISTINA TOLEDO 1 e GABRIELA SILVEIRA MEIRELES 1
1-UFJF , UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA - UFJF
Demasiadamente amplas são as discussões suscitadas sobre a atuação do psicólogo escolar, mas ressalta-se, como enfoque desse estudo, a formação do mesmo para uma educação comprometida com a inclusão, especificamente quando tal processo se refere às pessoas com deficiência. Haja vista que o discurso sobre a deficiência, desde sua origem, desenvolve efeitos de sentido que partem em direções diferentes, dada sua heterogeneidade, construindo um imaginário onde o sujeito com deficiência é significado e se significa de diferentes formas. Acreditando ser fundamental o papel do psicólogo escolar na construção de uma prática educacional inclusiva e pressupondo a inclusão como a possibilidade dada aos alunos de desenvolverem plenamente suas potencialidades, contemplando as oportunidades de vivenciar experiências multissociais, de acordo com uma concepção que aceite a diversidade, objetivou-se desvelar os sentidos do termo Inclusão nos Cursos de Psicologia das Instituições Federais de Ensino Superior de Minas Gerais (IFES Mineiras). Utilizando-se como metodologia a Análise de Discurso, o corpus discursivo constituiu-se das produções acadêmicas (dissertações) sobre inclusão do acervo das Bibliotecas das IFES Mineiras, da grade curricular dos cursos e de 1 entrevista individual realizada com: 3 alunos do último ano, professor da área de Educação Especial e coordenador dos cursos de psicologia. Como resultado desta pesquisa, percebeu-se que, ao contrário do paradigma da inclusão, o nascimento da psicologia escolar teve como objeto de estudo os problemas de aprendizagem, colocando o ambiente de trabalho do psicólogo dentro de um modelo clínico. Essa influência imprimiu na ação dos psicólogos uma linha norteada, por atuações diagnósticas e curativas, nas quais predominam um atendimento psicoterapêutico individualizado. O trabalho desenvolvido pelo psicólogo escolar centra-se no aluno, ficando em segundo plano a escola, os professores e os pais. A formação discursiva que estabelece uma relação marcada pela dicotomia que constitui a formação ideológica de exclusão, remetendo a deficiência a uma idéia de incapacidade e ineficiência. Uma outra formação discursiva, a integração, torna visível a diferença constituindo-se como movimento de uma formação ideológica da exclusão em direção à inclusão.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  INCLUSÃO; PEDAGOGIA; PSICOLOGIA

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005