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A. Ciências Exatas e da Terra - 7. Oceanografia - 1. Oceanografia Biológica |
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AVALIAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE MANGUEZAIS COMO INDICADORES DE VARIAÇÕES DO NÍVEL MÉDIO RELATIVO DO MAR ATRAVÉS DA ANÁLISE DA ZONAÇÃO E SUCESSÃO DE ESPÉCIES VEGETAIS: MONITORAMENTO DO MANGUEZAL DO RIO PIRACÃO – GUARATIBA (RIO DE JANEIRO). |
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Gustavo C. D. Estrada 1,2, Viviane F. Oliveira 1, Filipe O. Chaves 1,3, Carlos M. G. Silva Jr. 1,3, Paula M. M. Almeida 1,2, Aline S. Monteiro 1,2 e Mário L. G. Soares 1,2 |
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1- Núcleo de Estudos em Manguezais / Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NEMA - UERJ).
2- Departamento de Oceanografia e Hidrologia / UERJ.
3- Instituto Oceanográfico / Universidade de São Paulo (IOUSP).
, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ |
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Manguezais são ecossistemas costeiros que ocorrem na zona entremarés, esperando-se, portanto, que respondam a variações do nível médio relativo do mar. O presente estudo monitora, desde 1998, o manguezal do Rio Piracão com o objetivo de utilizar a zonação e a dinâmica das espécies vegetais de mangue como indicadores de tais variações. Ao longo de uma seção transversal desde a margem do rio até a planície hipersalina (apicum), foram definidas 8 estações de estudo. Caracterizou-se a estrutura vegetal nas 7 primeiras estações. Na estação 8, interface manguezal-apicum, monitora-se a dinâmica de propágulos, plântulas e jovens através de 9 parcelas justapostas (A a I), desde a última faixa de manguezal até a porção do apicum onde for detectada a colonização por espécies de mangue. O padrão de zonação encontrado, com diminuição do desenvolvimento estrutural no sentido manguezal-apicum, está diretamente relacionado ao gradiente de inundação pelas marés. O monitoramento apresenta, nas parcelas A a G, uma tendência geral de crescimento (altura e diâmetro) e aumento da densidade de jovens, a qual se dispõe em patamares, indicando a ocorrência de uma colonização em pulsos. As parcelas H e I foram marcadas recentemente, quando se observou novo avanço do manguezal sobre o apicum. A zonação do desenvolvimento estrutural e distribuição de espécies ao longo da transversal, bem como a colonização na interface manguezal-apicum, indicam a ocorrência de um processo de sucessão em direção ao apicum. Tal processo é caracterizado pela substituição da espécie pioneira – L. racemosa – por A. schaueriana e, em seguida, R. mangle. Este processo é provavelmente comandado pela elevação do nível médio relativo do mar, que promove uma gradativa alteração das condições edáficas ao longo da transversal. Os pulsos de colonização parecem estar associados a oscilações climáticas, questão essa que será investigada através de estudos climáticos e dendrocronológicos no manguezal em questão.
Palavras-chave: Manguezal; Dinâmica de populações; Mudanças globais.
1- Núcleo de Estudos em Manguezais / Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NEMA - UERJ).
2- Departamento de Oceanografia e Hidrologia / UERJ.
3- Instituto Oceanográfico / Universidade de São Paulo (IOUSP).
Gustavo C. D. Estrada (graduando) - 1,2
Viviane F. Oliveira (pesquisadora) - 1
Filipe O. Chaves (pós-graduando) – 1,3
Carlos M. G. Silva Jr. (pós-graduando) – 1,3
Paula M. M. Almeida (graduando) - 1,2
Aline S. Monteiro (graduando) - 1,2
Mário L. G. Soares (docente) – 1,2
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Instituição de fomento: CNPq
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Trabalho de Iniciação Científica
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Palavras-chave:
Manguezais; Dinâmica de populações; Mudanças globais. |
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Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005
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