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A. Ciências Exatas e da Terra - 5. Matemática - 5. Probabilidade e Estatística
UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS GEOESTATÍSTICOS NA ANÁLISE ESPACIAL DE DADOS DOS MUNICÍPIOS PARAIBANOS
Izabel Cristina Alcantara de Souza 1 e Ronei Marcos de Moraes 2
1- Depto. de Estatística, Universidade Federal da Paraíba - izabelpb@ibest.com.br., UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
O estudo de fenômenos espaciais, tais como os níveis de precipitação de uma região, pode ser enriquecido com a utilização de métodos de interpolação espacial. Dentre estes métodos, destaca-se o de Krigeagem por Indicação, que permite estimar a distribuição de Processos Estocásticos não gaussianos, levando em consideração na análise a localização, continuidade, dependência espacial quanto a distância e direção do fenômeno (anisotropia). Esta estimação é realizada com base nas estatísticas de ordem do Processo Estocástico, sem a necessidade de fazer suposição sobre o tipo de distribuição e parâmetros dos dados, sendo portanto, uma técnica Geoestatística não-paramétrica. Utilizou-se a Krigeagem para estimar valores característicos da distribuição da precipitação acumulada do mês (em mm), no estado da Paraíba, no período de 1998 a 2001. Estes dados foram fornecidos pelo Depto. de Ciências Atmosféricas da UFCG. Realizou-se um estudo bibliográfico sobre a Krigeagem e descreveu-se o processo de geração destes modelos no software SPRING, versão 4. Em cada mês, obteve-se os modelos para mediana e intervalo interquartil da precipitação acumulada, por serem as estatísticas mais indicadas para dados assimétricos. Concluiu-se que neste período, os maiores índices de precipitação ocorreram em épocas diferentes para cada mesorregião paraibana e com níveis diferentes de intensidade. No Sertão, os períodos chuvosos ocorreram durante o verão-outono, com precipitação mediana máxima de 315 mm. Na Borborema, observaram-se curtos períodos chuvosos, entre um e três meses, no verão-outono e com baixos níveis de precipitação, inferiores a 140 mm. No Agreste, os períodos chuvosos, ocorreram durante o outono-inverno, com precipitação mediana máxima de 385 mm, com exceção do ano 2000, no qual as chuvas ocorreram mais cedo, no verão-outono. No Litoral, foram verificados os maiores níveis de precipitação do Estado (precipitação mediana máxima de 525 mm), que ocorreram no período outono-inverno.
Instituição de fomento: CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Geoestatística; Precipitação,; Krigeagem por Indicação.

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005