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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 7. Química Orgânica
ESTUDO FITOQUÍMICO DE PLANTAS DO ESTADO DE SERGIPE: INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DO GÊNERO CLUSIA E KIELMEYERA DO ESTADO DE SERGIPE E AVALIAÇÃO DO SEU POTENCIAL FARMACOLÓGICO.
Moacir dos Santos Andrade 1, Valéria Regina de Souza Moraes 1, Samísia Maria Fernandes Machado 1, Adauto de Souza Ribeiro 2, Glaucius Oliva 3, Otávio Henrique Thiemann 3, Péricles Barreto Alves 1 e Paulo Cesar de Lima Nogueira 1
1- Depto. de Química - UFS 2- Depto. de Biologia - UFS 3- IFSC/USP, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS
Nos últimos anos, o uso crescente de fitoterápicos tem estimulado as pesquisas na busca de novos agentes ativos. Vários membros de Guttiferae têm valor terapêutico, como algumas espécies de Clusia (anti-HIV) e Kielmeyera (esquistossomose, leishmaniose, malária, infecções por bactérias e fungos, etc.). Neste trabalho, relatamos o estudo fitoquímico do extrato metanólico dos frutos de Kielmeyera rugosa, bem como avaliamos o seu potencial e do extrato metanólico do caule de Clusia aff. melchiori na busca de substâncias que atuem como drogas leishmanicidas e anti-chagásicas. Os resultados dos bioensaios frente à enzima GAPDH de Trypanosoma cruzi mostraram altos valores de inibição com a partição acetato de etila dos frutos de K.rugosa (98,7%) e com o extrato do caule de C. aff. melchiori (96,1%). As frações F3, F4 e F7 obtidas a partir da separação cromatográfica em sílica gel da partição hexano, foram as mais efetivas frente à enzima APRT de Leishmania donovani (68,9%, 73,3% e 62,9%, respectivamente). Além disso, obtivemos resultados satisfatórios nos testes de letalidade com Artemia salina (pré-“screening” de atividade citotóxica e/ou inseticida) com as partições hexano (CL50=3,3357 ug/mL) e clorofórmio (CL50=0,1852 ug/mL) dos frutos de K. rugosa. O fracionamento biomonitorado através do bioensaio com Artemia salina da partição hexano por meio de coluna cromatográfica em sílica gel levou ao isolamento de uma 4-fenilcumarina (F1, CL50=4,3602 ug/mL) e uma mistura contendo duas 4-propilcumarinas isoméricas (F2, CL50=0,0680 ug/mL). A identificação destas substâncias foi baseada na análise dos dados de RMN, EM e comparação com os dados da literatura. Embora estas cumarinas tenham sido previamente isoladas de outras espécies de Kielmeyera, este é o primeiro relato de seu isolamento em K. rugosa. Os resultados sugerem que as frações F1 e F2 são potencialmente citotóxicas e/ou inseticidas.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Kielmeyera; Clusiaceae; Atividade Biológica

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005