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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 4. Saúde Pública
TRANSFORMAÇÕES NO ENSINO EM SAÚDE E PRÁTICAS DE INTEGRALIDADE
Bruno Pereira Stelet 1 e Roseni Pinheiro 1
1-Lappis - Instituto de Medicina Social - UERJ, UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ
A formação de trabalhadores para a área de saúde voltados para o atendimento das demandas/necessidades de saúde da população tem sido um desafio à concretização dos princípios e valores desejáveis no Sistema Único de Saúde. Assim, visamos discutir a adoção da integralidade em saúde como eixo para o entendimento das transformações que vêm se desenvolvendo nos processos de formação das profissões da área da saúde e como canal de articulação e diálogo entre os vários setores que integram este campo. Diante da compreensão de integralidade como referencial conceitual e organizativo das ações em saúde, a rede de serviços e os saberes e práticas que são produzidos e reproduzidos no cotidiano das instituições de saúde podem se constituir em espaços de construção da integralidade, na medida que a integração (presente em percepções sobre integralidade) seja tomada como idéia-força. Nesse sentido, torna-se possível construir novos espaços de produção pedagógica capazes de contribuir para concepções de um agir em saúde, de fato, produtor de cuidado. É partindo da premissa de repensar alternativas para as práticas de ensino em saúde que têm sido incluídos temas concernentes à rede de serviços e ao controle social como conteúdos educacionais com forte potência de transformação. Isso possibilita agregar questões teórico-conceituais e práticas atualmente consideradas relevantes para a formulação de estratégias para transformar os processos de ensino-aprendizagem, requeridas pela atual política de educação na saúde. Por exemplo, a existência de uma tensão que envolve a técnica e as relações humanas no ensino em saúde, evidencia dificuldades na formação de profissionais capazes de prover um cuidado pautado na integralidade. Este é um estudo exploratório sobre experiências de práticas de ensino em graduações em saúde voltados para integralidade. Debates que vêm sendo feitos sobre a integralidade reafirmam a perspectiva de uma abordagem estratégica capaz de orientar a organização das práticas voltadas para o cotidiano dos serviços, o planejamento de ações em saúde, num movimento de articulação de práticas pedagógicas, de trabalho e de gestão em saúde. Partindo dessa premissa, a articulação entre educação e saúde – nas esferas do ensino, da gestão e da atenção à saúde – precisa ser concebida em uma perspectiva de superação das fragmentações existentes.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Saúde da população; Práticas de ensino em saúde; relações humanas no ensino em saúde

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005