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C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 5. Micologia
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA PRESERVATIVA DO TRATAMENTO TÉRMICO DA MADEIRA DE PINUS CARIBEAE , AO ATAQUE DO FUNGO GLOEOPHYLLUM TRABEUM , EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO.
Mariana Martins Medeiros 1 e Marcus Vinicius da Silva Alves 2
1- Depto. de Engenharia Florestal, Fac. de Tecnologia - UnB - nanamedeiros@terra.com.br 2- Pesquisador, Ph.D., da Área de Biodegradação e Preservação da Madeira - LPF/IBAMA - malves@lpf.ibama.gov.br, UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA - UNB
Tratar termicamente uma madeira significa atribuí-la calor a fim de se obter alterações químicas permanentes que promovam mudanças qualitativas, sendo o calor capaz de: aumentar a durabilidade natural, melhorar a estabilidade dimensional, ou produzir um combustível intermediário entre lenha e carvão. Este trabalho teve por objetivo avaliar alterações na resistência de madeiras de lenho juvenil de Pinus caribeae tratadas à diferentes temperaturas e tempos de termohidrólise e retificação, submetidas ao ataque de fungo de podridão parda, Gloeophyllum trabeum, em condições de laboratório. Para tanto, foi inoculado em frascos de cultura o fungo xilófago G. trabeum, conforme a norma ASTM D 2017, com modificações. Após 6 semanas (período de desenvolvimento do fungo) inoculou-se nos frascos os corpos-de-prova de P. caribeae, previamente pesados, de cada tratamento térmico (140°C, 160°C e 180°C) obtidos pelos métodos da termohidrólise e retificação em autoclave (total de 25 corpos-de-prova para cada tratamento). Passados 36 dias eles foram retirados, pesados e a porcentagem de peso perdida foi analisada como relação inversamente proporcional à sua durabilidade. Observou-se que houve uma maior perda de peso nos tratamentos onde a termohidrólise foi o único processo utilizado e naquele em que a retificação perdurou por menos tempo. Pressupõe-se que isso ocorreu devido à degradação das hemiceluloses (principalmente) e celuloses, o que facilitou a absorção desses polissacarídeos pelo fungo. As madeiras termoretificadas apresentaram menores perdas de pesos, podendo ser indícios de alterações em seus constituintes capazes de dificultar o reconhecimento do substrato pelas enzimas dos fungos. Portanto, as madeiras termohidrolisadas são susceptíveis à degradação por fungo de podridão parda, não são apropriadas ao uso em condições propícias ao apodrecimento e podem ter sua reciclagem natural facilitada. Já as madeiras termoretificadas tiveram uma pequena melhoria em sua durabilidade.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  preservação; madeira; retificação

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005