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C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 3. Toxicologia
TOXINA PROTÉICA LP8 ISOLADA DA PELE DA RÃ Leptodactylus pentadactylus INDUZ EDEMA PULMONAR AGUDO EM RATOS ANESTESIADOS
Kalyane Kelem Silva Ávila 1, Patrícia Teixeira Limaverde 3, Lúcia de Fátima Lopes dos Santos 2, 3, Marta Regina Kerntopf 3, Manasses Claudino Fonteles 2, 3, Nilberto Robson Falcão 2, 3, Bruno Cardi Andrade 3 e Krishnamurti Morais de Carvalho 3
1 - Coordenação do Curso de Ciências Biológicas, Centro de Ciências da Saúde/UECE 2 - Curso de Medicina Veterinária, Faculdade de Veterinária/UECE 3 - Instituto Superior de Ciências Biomédicas/UECE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
A toxina Lp8 da rã Leptodactylus pentadactylus provoca morte súbita após injeção parenteral em animais de laboratório. Macroscopicamente os animais revelam secreção traqueobrônquica aumentada. O objetivo do trabalho foi investigar os efeitos da Lp8 em parâmetros funcionais e estruturais pulmonares de animais de laboratório. Para análise de mudanças na permeabilidade vascular (PV) utilizou-se rato Wistar, adulto (250-350g) anestesiado. Para tal, o corante azul de Evans (20mg/kg) foi injetado na veia femoral antes da injeção da Lp8 ou do veículo salina e foram acompanhados (60min). Realizou-se traqueostomia e inseriram-se 2mL de salina para a coleta do fluido brônquioalveolar (BAL), que foi centrifugado (1500rpm por 7min). O sobrenadante foi utilizado para determinação do azul de Evans em espectrofotômetro (620nm). O pulmão foi retirado, cortado em tiras e incubado em formamida (2mL, 24horas, 40oC). O extrato pulmonar foi centrifugado nas mesmas condições anteriores e fez-se leitura em espectrofotômetro. Cobaios adultos (700-800g) foram anestesiados com pentobarbital sódico para isolamento do pulmão. Este foi perfundido com solução de Krebs-Henseleit aerada modificada para o pulmão (37o C; 1mL/g/min±0,3). A traquéia foi conectada a um aparato de respiração artificial para roedores (10mL/ciclo, 60 incursões/min). Após 30min de estabilização, as doses do Lp8 (0,1; 0,3 e 1mg/bolus) foram administradas. A Lp8 induziu aumento de PV seguido de edema, visto no extravasamento de azul de Evans no BAL (1,24±0,17µg/µL; 4,17±1,47µg/µL; p<0,01) e parênquima pulmonar (40,73±3,27µg/µL; 55,33±4,51µg/µL; p<0,03). No pulmão isolado, a Lp8 induziu aumento da resistência traqueobrônquica (46,01±9,39%; 58,03±8,27; 67,98±10,05 e 82,95±9,57, respectivamente) e da pressão de perfusão (68,25±5,07% ; 77,08±10,42%; 81,79±3,65%, e 94,4±3,67%, respectivamente). A Lp8 induziu aumento da permeabilidade vascular, levando a edema relacionado à hipertensão pulmonar induzido por esta toxina.
Instituição de fomento: CNPq, FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  toxinologia; anfíbios; toxina protéica

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005