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D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 3. Clínica Médica
REPERCUSSÃO CLÍNICA “OVERDRIVE” ATRIAL NA ESTIMULAÇÃO DDD+ PERMANENTE
Mariane Bartmann 1, Roberto T. Sant'Anna 1, Guaracy F. Teixeira Filho 1, Juarez N. Barbisan 1, Imarilde Giusti 1 e João Ricardo M. Sant'Anna 1
1 - Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / FUC, INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL / FUNDAÇÃO UNIVERSITÁRIA DE CARDIOLOGIA - IC-FUC
O manejo de arritmias atriais em pacientes com marcapasso DDD conta com diversos recursos, como associação com medicamentos, elevação da freqüência basal de estimulação e o emprego da sobreestimulação. Diversos algoritmos têm sido desenvolvidos na tentativa de aumentar a efetividade do estímulo atrial como terapia antiarritmica. Objetivo: Avaliar a necessidade, efetividade e repercussões clínicas no manejo de arritmias supraventriculares em pacientes com marcapasso atrioventricular seqüencial dotado do recurso overdrive atrial. Métodos: 21 pacientes; com estimulação AV seqüencial e gerador com overdrive atrial (Biotronik Philos DR+) implantado por doença do nodo sinusal associada à taquicardia atrial paroxística ou fibrilação atrial (FA) em 10 pacientes (47,6%), doença binodal em 4 (19%) e bloqueio AV em 7 (33,3%). Acompanhados por um ano, com registro semestral dos sintomas relacionados à estimulação, cardíacos e sistêmicos; uso de medicações e interrogado o gerador. Resultados: 15 pacientes (71,4%) utilizaram overdrive, embora arritmia atrial significativa fosse detectada e tratada em 7 (33,3%). DDD+ foi alterado em 5 pacientes, em 2 (9,5%) por taquicardia sintomática relacionado ao overdrive, 2 (9,5%) por estimulação frênica e 1 (4,7%) por FA. Necessitaram internação os pacientes com taquicardia atrial persistente e FA e tratados com medicamentos. Um (4,7%) paciente foi a óbito (comorbidades associadas com a insuficiência renal e cardíaca) e outro (4,7%) apresentou episódios de FA sintomática, foi submetido à ablação átrio-ventricular (não houve evidências de sintomas relacionados ao overdrive). A freqüência máxima de overdrive foi 120ppm (padrão) em 19 (90,4%) e 130ppm nos demais; mode switching foi ligado em 4 pacientes (19%). Conclusão: O estudo indica efetividade do modo DDD+ na reversão de taquicardia atrial, desde que o eletrodo atrial esteja adequado. O dispositivo foi bem tolerado, não produziu freqüências excessivamente altas, nem sintomas relacionados.
Instituição de fomento: Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul / FUC
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Arritmias; Marcapasso artificial; Tratamento

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005