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A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 4. Física da Matéria Condensada
PROPAGAÇÃO DE EPIDEMIAS EM UMA REDE LIVRE DE ESCALA COM MUNDOS LOCAIS
Samir Lacerda da Silva  e Marcelo Lobato Martins 
Departamento de Física - Universidade Fderal de Viçosa - UFV, UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA - UFV
Atualmente há grande interesse no estudo da disseminação de doenças em redes complexas que parecem adequadas para descrever muitos sistemas sociais, biológicos e tecnológicos. Para algumas doenças infecciosas importantes a estrutura da população não é nem uma rede complexa nem uma rede regular, mas a mistura de ambos os componentes. Realmente, dengue e febre amarela são transmitidas apenas diretamente da picada de mosquitos infectados, vetores de dispersão limitada que adquirem o vírus depois de se alimentarem de sangue de um individuo infectado. Entretanto, essas doenças podem propagar-se mediante viagem de indivíduos infectados usando as redes heterogêneas de transporte de larga escala que conectam as cidades. Assim, a taxa de transmissão é independente da topologia da rede social de contato, em contraste com epidemias de doenças sexualmente transmissíveis ou vírus de computadores em que o modelo de redes livre de escala é muitas vezes aplicado. Neste trabalho uma aproximação espacial simplificada é proposta para investigar o modelo suscetível-infectado-suscetível (SIS) em grafos mistos nos quais as redes globais são estruturas livres de escala cujos nós individuais são redes quadradas, os “mundos” locais representando as cidades. As propriedades estacionárias dos estados endêmicos e a evolução dinâmica das doenças foram analisadas por simulações de larga escala. Nossos resultados indicam a existência de um limiar para a propagação e oscilações no tamanho dos surtos da doença.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Epidemias; Rede Livre; Propagação

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005