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F. Ciências Sociais Aplicadas - 5. Arquitetura e Urbanismo - 5. Arquitetura e Urbanismo
CABO DE SANTO AGOSTINHO: MEMÓRIA E RUÍNAS
Camila Antunes de Carvalho 1 e Maria Angélica da Silva 2
1 - Depto. de Arquitetura e Urbanismo/CTEC/UFAL 2 - Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura e Urbanismo/CTEC/UFAL - mas@fapeal.com.br, UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
A pesquisa investiga o percurso urbano da antiga vila de Cabo de Santo Agostinho, que, segundo alguns historiadores pode ter sido a primeira área a ser acessada pelos europeus através do navegador espanhol Vicente Yañez Pinzón. Há indícios de que este lugar foi o primeiro descoberto pelos espanhóis na América do Sul. Seu forte fazia parte da rede de fortificações da costa, sendo importante no contexto das guerras holandesas. Foi registrada, inclusive, a existência de uma igreja fortificada, a Igreja de Nossa Senhora de Nazaré. Houve ainda a presença de uma série de engenhos, devido ao êxito no cultivo da cana-de-açúcar. As fontes iconográficas dos séculos XVI e XVII (vistas e mapas antigos) constituem o material básico para a investigação. As fontes escritas (originais dos séculos estudados) são outra ferramenta de estudo, além de dados atuais (informações, fotos e mapas). As pinturas de Frans Post também fazem parte do conjunto iconográfico estudado e além de indicarem a composição urbana dos antigos núcleos, também mostram como essas ocupações eram vistas na época. Marcas edificadas do século XVI e XVII foram identificadas e reconhecidas através da análise iconográfica. Indicando as primeiras áreas ocupadas, mapas diferentes têm uma semelhança no desenho e na localização dos elementos, havendo poucas divergências nas quais foram levantados os devidos questionamentos. Há um isolamento do meio urbano na paisagem, tendo a área da Vila de Nazaré características da época do Brasil colonial pouco alteradas. Atualmente há uma marca evidenciada em meio à paisagem natural do antigo núcleo: as ruínas. Elas são o resultado das ações do homem e da própria natureza sobre o edificado, guardando informações ricas sobre a história daquele lugar. A elas deve ser dado um valor de monumento a fim de resgatar o devido valor ao patrimônio histórico e incentivar o turismo que já é tão constante no lugar, mas que não se direciona a essa questão.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Fortificação; Ruínas; Patrimônio

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005