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G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 11. Psicologia Social
MORTE E TRABALHO: UMA ANÁLISE DA IDENTIDADE INDIVIDUAL DE ENFERMEIROS INTENSIVISTAS
SARAH DE CARVALHO CAVALCANTE 1 e ERASMO MIESSA RUIZ 2
1 - Centro de Estudos Sociais Aplicados/CESA/UECE 2 - Prof. Dr. Curso de Medicina/UECE , UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
Nosso estudo busca compreender de que maneira os enfermeiros vivenciam a morte e o morrer, a partir da inserção em UTIs, bem como discutir as formas como a relação trabalho e morte são vivenciadas pelos enfermeiros e em que aspectos essas vivências constituem elementos significativos de suas identidades individuais. Realizamos 8 entrevistas com enfermeiros de hospitais particulares de Fortaleza, usando roteiro de entrevista para a captação dos dados e observações de campo. A pesquisa nos proporcionou a desconstrução de algumas pré-noções. Diferentemente do que as pessoas pensam, os enfermeiros fazem questão de não ser apáticos às situações pelas quais os pacientes estão passando e o hospital é um espaço também de brincadeiras e descontração. Os profissionais de enfermagem passam por momentos de questionamento de suas profissões, já que socialmente esses profissionais são incumbidos de salvar os pacientes. Para o profissional de saúde é bastante difícil lidar com a morte porque para eles só foi ensinado a socorrer o paciente, a salvar vidas. As universidades não dão suporte teórico, muito menos prático para o profissional lidar com momentos como a perda de um paciente, acarretando assim uma sensação de fracasso, incapacidade e constrangimento aos profissionais de saúde. Seria interessante as universidades introduzirem mais disciplinas com a Tanatologia e as disciplinas de psicologia para dar um melhor suporte aos estudantes quando estes se inserirem no mercado profissional.
Instituição de fomento: CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  TANATOLOGIA; REPRESENTAÇÃO SOCIAL; ENFERMAGEM

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005