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A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física
EVOLUÇÃO MORFODINÂMICA E IMPACTOS AMBIENTAIS NO ESTUÁRIO DO RIO CATU (AQUIRAZ - CE)
Tatiana Oliveira Falcão 1 e Lidriana de Souza Pinheiro 2
1 - Laboratório de Geologia e Geomorfologia Costeira e Oceânica/UECE 2 - Profa. Dra. Centro de Ciências e Tecnologia/UECE, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE
O Estuário do Rio Catu é um sistema estuariano sazonal conforme abertura ou não da desembocadura, em fase de evolução para ambiente lacustre devido a campo de dunas e/ou cordões arenosos que isolam de forma parcial ou total a comunicação do rio com o oceano. Apresenta uma área de 1,5km², localizado no Município de Aquiraz a 26km de Fortaleza. A fragilidade do estuário antecede ao processo de especulação imobiliária, estando relacionada à morfodinâmica de dunas móveis e deriva litorânea. Essas dunas impulsionadas pelos ventos migraram em direção ao canal estuariano dando origem a Lagoa do Catu e restringindo a ação da maré. Além dos impactos de ordem natural, a influência do barramento do rio no início da década de 90 diminuiu a função de espigão hidráulico da drenagem intensificando a sedimentação na foz. Aliado a este processo, a dinâmica da desembocadura passou a ser controlada pela ação da deriva litorânea. Diante disto, o presente trabalho buscou avaliar e caracterizar os processos evolutivos morfodinâmicos na foz, assim como, determinar os principais impactos ambientais ocasionados devido ao barramento. Para isto, foram realizados levantamentos bibliográficos, uso de imagens de satélites e fotos multitemporais para o traçado da migração lateral da desembocadura do sistema de drenagem nos últimos 45 anos. Já a correção da geometria estuarina foi realizada com o auxílio de um GPS através de caminhamentos com georeferenciamento simultâneo. Dentre os impactos observados na área, a redução da descarga fluvial a partir da construção da barragem a 2,53 km da foz representou o principal vetor de comprometimento da capacidade de suporte do sistema estuarino, devido o aceleramento do fechamento da desembocadura pela ação da deriva litorânea e pela deflação eólica. Verificou-se que a jusante do reservatório, a profundidade média foi 0,70 m no período de estiagem na área de influência de maré. Evidenciando dessa forma, o processo de intensificação do assoreamento do canal.
Instituição de fomento: FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  MORFODINÂMICA; IMPACTOS AMBIENTAIS; ESTUÁRIO

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005