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A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais
CUMARINAS DA CASCA DO CAULE DE Metrodorea maracasana Kaastra
Bruno O Moreira 1, Fabrízio S Brito 2 e Vanderlúcia F de Paula 3
1 - Bolsista de Iniciação Científica 2 - Graduado em Química - pesquisador 3 - Profa. do Departamento de Química e Exatas, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB
O gênero Metrodorea, pertencente à família Rutaceae, possui cerca de oito espécies, sendo que a maioria delas é nativa do Brasil1. Dentre estas espécies, apenas M. flavida e M. nigra já tiveram algum estudo relatado na literatura1,2. O presente trabalho consiste no primeiro estudo químico de M. maracasana, uma espécie endêmica do município de Maracás, Bahia, comumente encontrada em região de mata de cipó. O extrato da casca do caule foi obtido por extração a frio em etanol e, posteriormente, fracionado em coluna filtrante de sílica gel, sendo utilizados, sucessivamente, hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol, na eluição dos constituintes químicos. As frações obtidas pela eluição com clorofórmio e acetato de etila foram agrupadas e, então, submetidas a fracionamento em coluna de sílica gel e sucessivas recristalizações, para obtenção de duas piranocumarinas, 5-metoxixantilentina (1) e 5-hidroxixantiletina (2). O espectro de RMN de 1H dos compostos 1 e 2, foram bastante semelhantes à exceção da presença uma metoxila, caracterizada pelo simpleto em d 3,84, no composto 1, que não foi observada no composto 2. O espectro de RMN de 13C, revelou sinais correspondentes a 15 carbonos, sendo 7 carbonos não hidrogenados, 4 CH olefínicos, 1 CH aromático, uma metoxila e duas metilas geminais. Para o composto 2 foram observados sinais de 14 carbonos, semelhantes àqueles do composto 1. O único sinal ausente foi aquele correspondente à metoxila (d 63,9). A análise dos espectros de RMN de 1H e de 13C e a comparação dos dados obtidos com aqueles da literatura, possibilitaram concluir que os compostos 1 e 2 tratavam-se da 5-metoxixantiletina e 5-hidroxixantiletina, respectivamente. 1Müller, A. H. et al. Phytochemistry 1995, 40(6): 1797-1800. 2Baetas, A.C.S. et al. J. Braz. Chem. Soc. 1999, 10(3): 181-183.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Metrodorea maracasana; Rutaceae; cumarinas

Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005