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C. Ciências Biológicas - 2. Biologia - 1. Biologia da Conservação | ||
ZONEAMENTO FITO-ECOLÓGICO DE UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO À CAATINGA: ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE AIUABA - CE. | ||
Jeanne Barros Leal de Pontes Medeiros 1 (jeannepontes@yahoo.com.br) e José Gerardo Beserra de Oliveira 2 | ||
(1. Departamento de Biologia, Universidade Estadual do Ceará - UECE.; 2. Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Ceará - UFC.) | ||
INTRODUÇÃO:
As Unidades de Conservação compreendem aproximadamente 7% da superfície terrestre e 1% das áreas costeiras e são representativas de uma enorme variedade de habitats e contextos sociais específicos. No Estado do Ceará a Estação Ecológica de Aiuaba (EEA) encontra-se situada no município de Aiuaba, entre as coordenadas 6˚36’01’’ a 6˚44’35’’ de Latitude Sul e 40˚07’15’’ a 40˚19’19’’ de Longitude Oeste, ocupando uma área de 11.525 hectares. A EEA é uma unidade de proteção integral e representa uma área de grande valor ecológico, pois preserva em seu interior um dos últimos remanescentes de caatinga arbórea. Pensando nisso, os dados ambientais obtidos durante o projeto “Estudos Ecodinâmicos nas Estações Ecológicas do Nordeste” foram trabalhados com o objetivo principal de realizar o zoneamento ecológico da área. |
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METODOLOGIA:
A metodologia utilizada buscou interpretar o mapa de vegetação existente para a estação, procurando identificar os aspectos geológicos, geomorfológicos, os tipos de solo, as classes de relevo e a altimetria presentes na área ocupada por cada um dos tipos de vegetação. Os mapas foram inicialmente transferidos com o uso de “scanner” para o “software” CartaLinx, digitalizados e depois transportados ao Idrisi 3.22 para o estudo das unidades geoambientais. |
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RESULTADOS:
A partir do zoneamento foram identificadas sete áreas, das quais, cinco, constituem zonas de uso intangível e duas podem ser aproveitadas para a realização de atividades voltadas à Educação Ambiental. A zona de uso intangível (ZIN) compreende a área da estação onde o nível de intervenção humana é baixo e encontra-se subdividida em cinco unidades geoambientais representadas pelos tipos de vegetação presentes: carrasco (4,29%); caatinga arbórea densa na superfície dissecada (50,49%); caatinga arbórea densa encarrascada (25,52%); caatinga arbórea densa na superfície conservada (7,40%) e complexo caatinga densa arbustivo-arbórea (12,30%). Os resultados mostraram ainda que o relevo mais presente é o plano (90%), as rochas mais freqüentes são os filitos (38,85%) e as formas erosivas (59,23%) são as feições predominantes. A zona de uso especial (ZUE) compreende as áreas de administração, manutenção e serviços e se encontra situada fora da área de preservação, desta forma, representa um espaço adequado à realização de atividades voltadas à difusão dos conhecimentos produzidos no perímetro da estação. |
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CONCLUSÕES:
O presente estudo mostrou que embora a EEA esteja funcionando em condições precárias, compreende um espaço de estrutura razoável, que está subutilizado por falta de um planejamento efetivo e específico. Além disso, a unidade é responsável pela proteção de um ecossistema de grande valor biológico, a caatinga, o qual pode servir como laboratório natural para a realização de pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento. Nesse sentido faz-se urgente o envolvimento da comunidade em atividades que promovam a compreensão dos processos ambientais e dos aspectos culturais associados. |
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Palavras-chave: caatinga; unidade de conservação; zoneamento ecológico. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |