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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
INCIDÊNCIA DO USO DE ÁLCOOL EM ESTUDANTES ADOLESCENTES DO SEGUNDO ANO DO ENSINO MÉDIO – SEXO FEMININO
Alexandre Gonçalves 1 (enfermagem@faminas.edu.br), Lucio Flavio Sleutjes 1, Jaime Luiz Nunes Aguiar 1, Edivan Moreira Aredes 1, Anna Carolina H. Verdeiro 1, Karen Estefan Dutra 2, Ana Paula Vardiero de Oliveira 1, Fernanda S. Ribeiro 1, Juliana A. de Oliveira Cerqueira 1 e Karine Correia Borel 1
(1. Faculdade de Minas - FAMINAS; 2. Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC)
INTRODUÇÃO:
Muitos dos hábitos de vida de um indivíduo são obtidos na adolescência. Alguns destes hábitos poderão ser nocivos a sua saúde.
Exemplo disso é a relação dos adolescentes com o consumo de bebida alcoólica. Geralmente é na adolescência que o hábito de beber tem início e que a prevenção também deve ocorrer.
Começar a beber na adolescência faz mais estragos ao sistema nervoso central do que o volume de álcool consumido ou o tempo de duração do vício. Até dez anos atrás, acreditava-se que os ferimentos no cérebro resultassem de décadas de abuso de álcool. Pesquisas realizadas nos últimos dois anos, com a ajuda de novos equipamentos de neuro-imagem, derrubaram essa crença. Impedir que adolescentes bebam compulsivamente após experimentar os primeiros goles pode não ser fácil, já que de 50% a 60% dos alcoólatras têm predisposição genética para o vício¹.
METODOLOGIA:
A presente pesquisa baseia-se na análise de 10 questionários aplicados de forma aleatória a adolescentes com idade entre 15 e 18 anos, do sexo feminino, matriculadas em escola pública na cidade de Muriaé/MG. Como resultado desta análise, observamos:
O questionário que apresentava 26 questões fechadas, sendo que 7 (sete) dessas eram em comum a todas, 11 (onze) deveriam ser respondidas somente para aquelas fazem o uso de bebida alcoolica e 8 (oito) respondidas por quem não bebe.
RESULTADOS:
O estudo mostrou estatísticamente que a faixa etária era de 10% com 15 anos, 20% de 16 anos, 60% de 17 anos e 10% com 18 anos, a maior parte não sai nos fins de semana, relataram também ter ótima convivência familiar e com os amigos.
Constatou-se que 70% respondeu que seus familiares fazem o uso de bebida alcoólica e 90% das entrevistadas sabem do efeito do álcool no seu organismo. Na amostra somente 10% relatou fazer o uso de bebida alcoólica e os outros 90% não fazem. (Tabela1)
Dos 10% que fazem uso do álcool, os pais não estão cientes, iniciaram antes dos quinze anos e por vontade própria. Consomem em média menos de 5 copos por noite, nunca sofreram efeito colateral por causa da bebida, preferem bebida quente, nunca tiveram nenhum tipo de problema escolar por esse motivo, e não sentem nada após o consumo. Dizem nunca ter sofrido nenhum preconceito por beber e também não têm preconceito por quem não bebe. Das 90% que não bebem, algumas já experimentaram, porém não gostaram, outras nunca experimentaram e nem sentem vontade.Dessa amostra 50% relatou não ter sofrido preconceito por não beber e 40% sofreu ou sofre preconceitos desta natureza, e mesmo assim os 90% afirmam não terem nenhum preconceito por aqueles que bebem.
A religião para 40% delas é um motivo para não usar bebida alcoólica, as demais não fazem uso do álcool, simplesmente, por não gostarem.
CONCLUSÕES:
Constatou-se através da análise amostral, que 90% das adolescentes não fazem uso de bebida alcoólica, tendo apenas 10% declarado-se consumidoras freqüentes.
O resultado obtido não correspondeu à hipótese inicial, onde se imaginava que o consumo de bebidas alcoólicas entre as adolescentes estaria crescendo progressivamente.
Este é o início de um trabalho que terá sua amostragem ampliada permitindo em breve dados significativos e relevantes quanto a este assunto.
Instituição de fomento: Faminas
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Etilia; Alcolismo; Adolescente.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005