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E. Ciências Agrárias - 3. Recursos Florestais e Engenharia Florestal - 5. Ciências Florestais | ||
INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ANGICO-VERMELHO, Anadenanthera macrocarpa (FAM) Leg | ||
Andréia Colli 1 (andreiacolli@ufrrj.br), Ânderson Siqueira Teodoro 2, Telmo Borges Silveira Filho 2, Daniela Fátima Rodrigues 3 e Fátima C. M. Pina-Rodrigues 4 | ||
(1. Graduanda de Engenharia Florestal, Instituto de Floresta – UFRuralRJ; 2. Graduando de Engenharia Florestal, Instituto de Floresta – UFRuralRJ; 3. Graduanda de Ciências Agrícolas, Instituto de Educação – UFRuralRJ; 4. Prof. Dr. Do Departamento de Silvicultura, Instituto de Floresta – UFRuralRJ) | ||
INTRODUÇÃO:
Para recuperação de áreas degradadas, o reflorestamento de matas ciliares, assim como para plantios florestais sustentáveis, é necessária a disponibilidade de sementes florestais de diferentes espécies, de boa qualidade, com capacidade de germinação e produção de plântulas normais. Quando a semente amadurece e é dispersa, o crescimento do embrião é geralmente retardado. Assim, quando são satisfeitas condições ótimas externas (ambientais) e internas (do organismo), o embrião crescerá expressando sua máxima capacidade de germinação. Três são os fatores importantes: água, oxigênio e temperatura. A temperatura é um dos fatores mais importantes para a germinação, as sementes normalmente não germinam acima ou abaixo de uma determinada faixa de temperatura específica para a espécie. Anadenanthera macrocarpa (FAM) é uma espécie da família Leguminosae - Mimosoideae (Mimosaceae), é uma árvore que atinge 13 a 20 metros de altura, tronco de 40 a 60 cm de diâmetro, de rápido crescimento, podendo ser implantada em reflorestamento de áreas degradadas, floresce exuberantemente todos os anos, o que o torna muito ornamental e própria para a arborização de parques e praças. O objetivo deste trabalho foi estabelecer um padrão de temperatura ótima, que expresse a máxima capacidade de germinação da espécie, Anadenanthera macrocarpa em laboratório. |
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METODOLOGIA:
Sementes armazenadas em condições adequadas de câmara seca foram postas a germinar em diferentes condições de temperatura, sob três tratamentos: temperatura constante de 25ºC (T1), temperatura de 30ºC (T2) e temperatura alternada de 25ºC - 30ºC (T3). Segundo as normas estabelecidas pelas RAS (Regras de análise de sementes), foram utilizadas sementes puras retiradas ao acaso, dotando-se de quatro repetições, contendo 25 sementes cada. O substrato utilizado foi areia esterilizada, a semeadura foi realizada sobre-areia (SB). Foram avaliados: número de plântulas completas, ou seja, aquelas que emitiram raízes e folhas, número de sementes germinadas contaminadas com fungos, número de sementes germinadas, aquelas que emitiram somente raízes, número de sementes mortas e número de sementes duras. O experimento durou 21 dias, calculou-se a velocidade de germinação, correlacionando o número de dias de incubação e a percentagem de sementes germinadas e o índice de vigor germinativo (IVG), pela subtração do número de plântulas completas somadas às sementes germinadas contaminadas, pelo número de dias de incubação. A unidade utilizada foi bit, correspondendo ao número de sementes germinadas por dia. O método de avaliação foi por análise de variância, sendo o teste de comparação entre as médias, o de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. |
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RESULTADOS:
Observando os resultados da germinação de sementes de Anadenanthera macrocarpa, sob diferentes condições de temperatura, após três semanas de experimento verifica-se para as plântulas completas, haver diferença estatística entre os tratamentos, sendo o tratamento 3 (25oC – 30oC), o que apresentou o melhor resultado, com 84% das sementes germinadas, seguido do tratamento 1 com 60% e o tratamento 2 com 24%. Analisando as sementes germinadas contaminadas com fungos, verifica-se não haver diferença estatística entre os tratamentos, porém o segundo tratamento apresentou 64% de suas sementes contaminadas, enquanto T1 20% e T2 4%. O número de sementes mortas ou duras não se apresentou expressivo, não havendo diferença estatística entre os tratamentos. O tratamento que melhor se manifestou em relação à velocidade de germinação foi T3 (25ºC a 30ºC), seguido de T1 e T2. A partir da média de cada tratamento, calculou-se o índice de vigor germinativo (IVG), considerando como o número de sementes germinadas, o somatório das plântulas completas e sementes germinadas contaminadas, onde, T3 obteve o melhor índice, com 0,92 bits, e T1 e T2 com 0,73 e 0,52 bits, respectivamente. |
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CONCLUSÕES:
Os resultados referentes ao índice de Vigor Germinativo (IVG), assim como, a percentagem de plântulas completas, foram mais positivos para o tratamento 3, onde as sementes foram acondicionadas à temperatura de 25oC–30oC, seguido do tratamento 1, a 25oC e tratamento 2, a 30oC. Assim, a temperatura ótima para a Anadenanthera macrocarpa, encontra-se em 25oC – 30oC, no qual expressou o máximo de germinação. Os tratamentos em geral, sofreram contaminação fúngica, observando-se maior suscetibilidade ao ataque, as sementes germinadas à 30oC (T2). |
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Palavras-chave: Temperatura; Germinação; Angico-vermelho. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |