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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva | ||
FREQÜÊNCIA DE POLUIÇÃO NAS PRAIAS TURÍSTICAS DE FORTALEZA DE 2000 A 2004 | ||
Ana Claudia Reis Aragão 3 (ac.reisaragao@terra.com.br), Davi Aragão Rocha 1, Fernando dos Santos Rocha filho 2 e Marcelo Gurgel Carlos da Silva 2 | ||
(1. Depto. de Direito, Universidade Federal do Ceará - UFC; 2. Depto. do Mestrado de Saúde Pública, Universidade Estadual do Ceará - UECE; 3. Depto. de Administração, Curso de Turismo, Universidade de Fortaleza - UNIFOR) | ||
INTRODUÇÃO:
Praias com águas não poluídas são consideradas muito importantes para a saúde das pessoas (MOTA, 1999) e também para o desenvolvimento turístico (MOLINA, 2001; CORIOLANO, 2001). Segundo Vasconcelos (1998), as cidades em desenvolvimento devem atender aos critérios estabelecidos em seus planos administrativos, diretores ou similares, baseadas em legislações adequadas à proteção do meio ambiente e à qualidade de vida dos cidadãos, sem danos às atividades econômicas que beneficiam os setores social, educacional e cultural. Esta pesquisa visa analisar a poluição por coliformes fecais nas águas das praias de Fortaleza de março de 2000 a dezembro de 2004, inclusive naquelas consideradas turísticas. |
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METODOLOGIA:
Foram analisados os dados referentes a 2000 até 2004divulgados mensalmente pela SEMACE em sua página na internet sobre a poluição nas praias de Fortaleza. Esses dados foram consolidados em meses, trimestres e semestres. A concentração hoteleira próxima a cada praia foi obtida através de observação direta e pesquisa bibliográfica. Na página da SEMACE na internet, não estavam disponíveis os dados de abril a dezembro de 2001, nem dados dos meses de março e de julho de 2003 referentes à praia do Arpoador, e do mês de março de 2003 da praia do Futuro. |
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RESULTADOS:
Sete praias da região leste sempre estiveram poluídas em todo o período observado. Nessa região, uma praia nunca apresentou poluição em todo o período, exceto em fevereiro e março de 2004. No litoral central, onde há maior concentração de hotéis na cidade, duas praias sempre estiveram poluídas nesse período. A praia do Ideal apresentou-se imprópria para banho apenas em fevereiro de 2004. As outras praias apresentaram poluição variável em alguns meses em todos os anos observados. Nas praias da região leste, a maioria delas indicadas para banho em guias turísticos, houve, nos primeiros semestres de cada ano, aumento gradual no número de praias poluídas e no número de meses poluídos por praia por semestre, até que no primeiro semestre de 2003, apenas uma praia não apresentou poluição em algum mês. Em julho de 2003, porém, todas as praias da região leste estavam sem poluição, menos duas. O problema, portanto, agravou-se no primeiro semestre de 2003. Em 2004, duas praias da região leste só apresentaram poluição no mês de março, período chuvoso em Fortaleza. Outras duas estiveram poluídas somente neste mês de março e em mais um mês. A praia do Caça e Pesca esteve poluída em quatro meses de 2004. Observa-se, ainda no litoral leste, que ocorreu diminuição na freqüência de poluição durante o segundo semestre dos anos de 2002, 2003 e 2004. No litoral central, nos anos 2000 e 2002, o primeiro trimestre foi o de menor presença de poluição, e o segundo e o terceiro foram os de maior. |
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CONCLUSÕES:
A situação da poluição nas praias de Fortaleza, que já era grave, piorou no primeiro semestre de 2003, em relação a 2002. Piorou inclusive nas praias mais próximas às concentrações de hotéis e às consideradas de atração turística, podendo prejudicar a saúde das pessoas e as atividades hoteleira e turística. |
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Palavras-chave: Saúde; Turismo; Poluição praias. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |