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C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 8. Botânica
BIOATIVIDADE DE MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides L.) EM PRAGAS DE ARMAZENAMENTO E PLÂNTULAS DE MILHO (Zea mays L.).
Samuel Victor da Silva Portela 1 (samukavictor@yahoo.com.br), Aleandra Mara Furtado 1, Francisco Ancelmo Barboza Melo 1, Francisca das Chagas Sousa Alves 1, Maria Luciana Ponte Parente 1, Rafaele Aragão dos Santos 1, Kátia Maria da Silva Parente 1 e Euclides Gomes Parente Filho 1
(1. Universidade Estadual vale do Acaraú-UVA)
INTRODUÇÃO:
O uso de plantas inseticidas é atualmente um dos métodos alternativos mais estudados em todo o mundo para controle de pragas de produtos armazenados (GALLO ET AL., 2002). O ataque de insetos em sementes armazenadas constitui um problema que se agrava cada vez mais devido, principalmente, ao desconhecimento dos produtores quanto à utilização e ao manuseio de substâncias químicas. Esses fatos conduzem à necessidade de se estabelecer medidas de controle de pragas, através de métodos alternativos. Em um ecossistema onde os produtos químicos são aplicados, há contaminação ambiental e, em conseqüência, danos à saúde humana, poluição dos recursos hídricos, surgimento de insetos resistentes e produção de resíduos tóxicos para o ser humano, além de onerar os custos de produção (FARONI ET AL., 1995). A presente pesquisa teve por objetivo investigar a bioatividade de mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) em pragas de armazenamento de sementes de milho (Zea mays L.) e no posterior desenvolvimento das plântulas.
METODOLOGIA:
Os testes foram realizados no Laboratório de Biologia Vegetal da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) /CE. As folhas das plantas de mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) foram utilizadas para a preparação de tratamentos dispostos da seguinte forma: Extrato Bruto Aquoso a 5% (EBA 5%), 10% (EBA 10%) e 15% (EBA 15%), Extrato Bruto Aquoso em Infusão a 5% (EBAI 5%), 10% (EBAI 10%) e 15% (EBAI 15%), pó vegetal e testemunha. Inicialmente, verificou-se o índice individual de infestação. Após a preparação, os tratamentos foram aplicados sobre as sementes de milho (Zea mays L.) e depois de um período de doze horas estas eram acondicionadas em recipientes plásticos circulares com tampas perfuradas. Os tratamentos foram aplicados semanalmente durante quatro semanas. As sementes, então, foram postas para germinar acondicionadas em rolos de papel a uma temperatura de 30oC, com uma variação de 5oC para mais e para menos, durante sete dias. Avaliou-se, após este período o crescimento das plântulas, comprimento de radículas e os pesos das matérias fresca e seca de cada tratamento. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições. Os dados obtidos para o índice de infestação foram transformados em arco seno da raiz quadrada da percentagem de x, a fim de obter a homogeneização das variações (FERREIRA, 1996). A comparação entre os tratamentos realizou-se pelo teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
O índice de infestação das sementes que receberam qualquer um dos tratamentos não foi relevante em relação à testemunha, embora, tenha havido um maior aparecimento de Sitophylus zeamays MOTS. nos extratos avaliados, com destaque para o Extrato Bruto Aquoso em Infusão a 10% (EBAI 10%). Uma menor quantidade foi observada nas sementes tratadas com o pó vegetal. Com relação ao crescimento de plântulas, as sementes que receberam os tratamentos com o pó vegetal e Extrato Bruto Aquoso em Infusão a 5% (EBAI 5%) obtiveram as maiores médias. Na avaliação do comprimento de radícula os tratamentos comportaram-se de maneira similar a testemunha. Observou-se também que não houve diferença estatisticamente significativa para o peso da matéria fresca. Os dados obtidos para o peso da matéria seca, demonstraram que as sementes tratadas com Extrato Bruto Aquoso a 15% (EBA 15%) apresentaram resultados melhores que os demais tratamentos. No entanto, as sementes tratadas com o pó vegetal revelaram a menor média obtida.
CONCLUSÕES:
Nas condições em que foram realizados os experimentos para as variáveis avaliadas, pode-se concluir que os tratamentos não foram eficazes na repelência aos insetos da Ordem Coleoptera mais especificamente ao Sitophilus zeamais MOTS. O pó vegetal mostrou-se estimulador para o crescimento de plântulas e impróprio para a obtenção de matéria seca. O Extrato Bruto Aquoso a 15% (EBA 15%) mostrou ser um estimulador para esta variável. Os demais tratamentos não mostraram resultados significativos em relação às demais variáveis estudadas.
Instituição de fomento: Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA
Palavras-chave:  Bioatividade; Mastruz (Chenopodium ambrosioides L.); Milho (Zea mays L.).
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005