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| A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 1. Físico-Química | ||
| LIGNINA FORMICA, OBTENÇÃO, MODIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E PREPARAÇÃO DE BLENDAS COM POLIVINIL ÁLCOOL. | ||
| Rafael da Silva 1 (rafael_dqi@yahoo.com.br), Ana Adelina W. Hechenleitner 1 e Edgardo Alfonso Gómez Pineda 1 | ||
| (1. Depto. de Química, Universidade Estadual de Maringá – UEM) | ||
| INTRODUÇÃO:
Com o aumento no preço do petróleo e a diminuição das reservas, têm crescido o interesse em fontes alternativas de matérias- primas. A biomassa é uma fonte renovável de matéria prima e tem sido considerada uma alternativa para a industria química, por causa da grande disponibilidade. A liginina é o segundo componente polimérico mais abundante na biomassa. Por causa de seus sítios reativos, principalmente aromáticos e grupos hidroxilas alifáticas, tem sido matérias prima potencial para a manufatura de novos polímeros. O presente trabalho consiste na obtenção da lignina fórmica através da extração da lignina do bagaço da cana de açúcar, modificação da lignina fórmica obtida, obtenção de blendas PVA/lignina fórmica (LF) e PVA/lignina fórmica modificada (LFM) e caracterização por métodos espectroscópicos. As blendas poliméricas obtidas foram analisadas utilizando-se a técnica de análise térmica (TG) para o estudo da estabilidade térmica. |
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| METODOLOGIA:
A lignina fórmica foi obtida do bagaço da cana de açúcar. O bagaço passou por um tratamento seqüencial por solventes de diferentes polaridades, n-hexano, álcool etílico e água, para a remoção de ácidos graxos, ceras e taninos. Após extração com solventes, o bagaço foi posto em refluxo com ácido fórmico para a obtenção do licor, este foi concentrado e a liginina fórmica foi precipitada em água. A modificação da lignina fórmica foi feita por hidrolise alcalina. A lignina fórmica foi dissolvida em solução de NaOH, sob atmosfera inerte, variando-se o tempo de reação, depois precipitada pela adição de HCl. A caracterização da lignina fórmica e a da lignina fórmica modificada foram realizadas através de espectroscopia no infravermelho e por ressonância magnética nuclear de prótons. Blendas de PVA/liginina fórmica e PVA/liginina fórmica modificada foram obtidas pelo método de casting, utilizando como solvente o dimetil sulfóxido (DMSO). Os polímeros foram dissolvidos separadamente e misturados em quantidades suficientes para a obtenção de blendas com 5, 15, 25% em massa de liginina. Os estudos de estabilidade térmica foram realizados por analise térmica das blendas. |
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| RESULTADOS:
O espectro de infravermelho da lignina fórmica apresenta bandas características, tais como do estiramento dos grupos hidroxilas em 3418 cm-1, estiramento dos grupos carbonílicos em 1712 cm-1, vibração do esqueleto aromático em 1610, 1513 e 1426 cm-1, e outros. As amostras de LFM obtidas em diferentes tempos de hidrolise foram analisados por espectroscopia na região do infravermelho, os espectros destas amostras apresentam bandas similares às do espectro de LF, porém com mudanças nas intensidades das bandas, principalmente na diminuição da banda referente ao estiramento dos grupos carboxílicos em 1712 cm-1. A análise termogravimétrica mostrou que nas blendas PVA/LFM com 5, 15 e 25%, em massa de LFM, ocorre um aumento na estabilidade térmica com o aumento no teor de LFM. As comparações das análises termogravimétricas das blendas PVA/LF e PVA/LFM mostraram diferenças significativas e que a maior estabilidade térmica depende da quantidade de LF e LFM nas blendas. |
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| CONCLUSÕES:
Através da comparação dos espectros de infravermelho, RMN e das análises termogravimétricas das amostras de LF e LFM se evidencia a modificação da LF. Na analise do espectro de infravermelho, através da intensidade das bandas, pode-se determinar que na modificação da LF ocorreu principalmente um aumento na quantidade de grupos hidroxilas e uma diminuição na quantidade de grupos carbonílicos. Por meio das analise termogravimétrica do PVA e da LFM pode-se demonstrar que as análises termogravimétricas das blendas não são somente as somas relativas entre PVA e LFM, o que evidencia que as pirólises das blendas não são somente a soma da decomposição dos polímeros separados e que há interações entre os polímeros durante o processo de decomposição. |
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| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: Liginina fórmica; Análise termogravimétrica; Polivinil álcool (PVA). | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |