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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem | ||
DESEMPENHO DOS ENFERMEIROS FACILITADORES DO PROFAE NO CURSO DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NA ÁREA DE SAÚDE: ENFERMAGEM. | ||
Maria de Fátima Bastos Nóbrega 1, 4 (mfatimanobrega@superig.com.br), Lucilane Maria Sales da Silva 1, Silvânia Maria Mendes Vasconcelos 1, 3 e Ana Karina Bezerra Pinheiro 2 | ||
(1. Curso de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará - UECE.; 2. Departamento de Enfermagem, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do; 3. Departamento de Ciências Fisiológicas, Universidade Estadual do Ceará - UECE.; 4. Serviço de Educação Continuada em Enfermagem, Hospital Universitário Walter Cantídio, Universidade F) | ||
INTRODUÇÃO:
O Curso de Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde: Enfermagem – PROFAE é uma proposta do Ministério da Saúde/Escola Nacional de Saúde Pública/ENSP, de oferecer formação aos enfermeiros que atuam junto ao projeto de profissionalização dos trabalhadores da área de Enfermagem. A metodologia adotada no curso foi educação à distância, devido à flexibilidade desta frente às alternativas tradicionais de ensino, permitindo ao aluno, estudar no seu próprio ritmo, sem precisar se ausentar do trabalho. Estruturado em três núcleos, articulados entre si: núcleo contextual, núcleo estrutural e núcleo integrador . O curso constou de 660 horas, distribuídas em onze meses. Durante todo o período os alunos contaram com um tutor para apoiá-lo e ajudá-lo a aprofundar suas reflexões. Após a conclusão de cada núcleo ocorreu um encontro presencial, oportunidade em que alunos e tutores compartilharam experiências e avaliaram o desenvolvimento do curso. Objetivamos neste estudo verificar o desempenho dos alunos da terceira turma do PROFAE/UFC/CE, quanto ao alcance das competências estabelecidas para os três núcleos, a partir da auto-avaliação. Este estudo possibilitará ajustes no processo ensino aprendizagem do curso e contribuirá efetivamente para que essa tarefa educativa tenha sucesso. |
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METODOLOGIA:
Trata-se de uma pesquisa descritiva, onde a amostra aleatória foi constituída por 50 (25%) dos 200 alunos que participaram dos encontros presenciais do curso, no Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará, durante o período de agosto de 2004 a fevereiro de 2005. A coleta dos dados foi realizada a partir da aplicação aos discentes, de um questionário, durante o decorrer dos 3 encontros presenciais, versando sobre à auto-avaliação do desempenho do aluno no curso. A participação dos alunos na pesquisa foi voluntária sendo observados os critérios éticos contidos na Resolução n° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. A análise dos dados foi feita por meio de estatística descritiva de freqüência absoluta e relativa, considerando as variáveis: comunicação aluno tutor, dedicação e interesse ao conteúdo do curso, tempo dedicado aos estudos e dificuldades apresentadas pelo aluno. Os resultados foram agrupados em tabelas e analisados com base nos conceitos: insuficiente, regular, bom e excelente. |
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RESULTADOS:
Verificamos que, a freqüência de comunicação entre discente e tutor foi considerada boa, nos núcleos contextual (68%) e integrador (42%), e insuficiente (31%) no núcleo estrutural. Os resultados demonstraram que, em média, 46% dos discentes, nos três núcleos, referiram como bom à dedicação e interesse aos conteúdos dos módulos, apesar da representatividade do conceito regular (28%), no que se refere ao tempo dedicado pelos alunos ao estudo e leitura dos mesmos. No tocante aos conhecimentos adquiridos e sua influência na prática, os alunos referiram como bom (respectivamente, 66% e 58%). Quanto às dificuldades apontadas pelos discentes, predominaram: a falta de tempo para leitura e realização das atividades, poucos encontros presenciais entre tutor e aluno, falta de recursos e equipamentos de informática, no município onde reside, associada ao acúmulo de tarefas e a difícil compreensão dos conteúdos dos módulos. Foram apontadas como sugestões para minimizar as dificuldades apresentadas, a visita de tutores aos municípios, no decorrer do curso. |
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CONCLUSÕES:
Consideramos, a partir da auto-avaliação, que o desempenho dos alunos no curso foi considerado bom, entretanto foram apontadas algumas dificuldades relativas, principalmente a comunicação com o tutor no decorrer do núcleo estrutural e o tempo dispensado ao estudo e leitura dos módulos, considerado regular por grande parte dos alunos. A metodologia de ensino a distância, apesar de possibilitar o desenvolvimento de competências, minimizando os obstáculos referentes ao espaço geográfico, através da comunicação virtual, ainda não parece ter sido bem assimilado pelos enfermeiros. É necessária uma autodisciplina e uma estrutura adequada, para o desenvolvimento de cursos à distância, e o entendimento da efetividade destes, quando se dispõe de recursos adequados para viabilizá-los. O planejamento de atividades atrelado à otimização do tempo são ferramentas de que o enfermeiro deve dispor para atingir os objetivos propostos nesta metodologia |
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Palavras-chave: PROFAE; Enfermagem; Formação Pedagógica. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |