|
||
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 5. Química de Macromoléculas | ||
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA ENTRE DOIS GRUPOS DE PLANTAS MEDICINAIS. | ||
Camila Paula César Maia 1 (camilapcm4@hotmail.com), Daniella de Oliveira Silva 1, Antônio Alfredo Rodrigues e Silva 1, Fernando Monteiro de Paula 2, Raimundo Araújo Filho 3 e Micheline Soares Costa Oliveira 1 | ||
(1. Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu - Universidade Estadual do Ceará - UECE; 2. Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular - Universidade Federal do Ceará - UFC; 3. Centro de Cências da Saúde - Universidade de Fortaleza - UNIFOR) | ||
INTRODUÇÃO:
Plantas medicinais tem sido alvo de várias pesquisas brasileiras, pois nosso país apresenta uma reconhecida biodiversidade quanto a sua flora. A pesquisa científica está cada vez mais forte nesta área, pois medicamentos naturais são mais saudáveis no combate a doenças e apresentam um baixo custo. Em nosso estado, principalmente no interior, a medicina popular ainda é muito utilizada. O uso de raízes e folhas de plantas como chás, são os principais remédios utilizados pela população. |
||
METODOLOGIA:
Neste trabalho foram utilizados dois grupos de plantas medicinais: plantas calmante, como Capim santo (Cymbopogon citratus Stapf), Colônia (Alpinia zerumbet Pers.) e Erva cidreira (Lippia alba Mill), e plantas expectorantes, como Chambá (Justicia pectoralis var.), Guaco (Mikania glomerata Sprengel) e Malvariço (Plectrantus amboinicus Lour). Todas as plantas foram coletadas no horto de plantas medicinais do Centro Vocacional e Tecnológico de Iguatu – CVT. As proteínas foram analisadas segundo o método de Bradford, enquanto os carboidratos seguiram a metodologia de Dubois. Os lipídeos foram obtidos por diferença de peso, metodologia aprimorada por Monteiro de Paula. Todas as análises foram feitas em triplicatas e apresentaram desvios padrões relativos em torno de 2%, sendo os valores expressos uma média entre os valores obtidos. |
||
RESULTADOS:
Entre os dois grupos de plantas, o teor protéico das plantas calmantes, obtivemos destaque para o Capim santo com 1,066 % MS, as outras plantas Colônia (0,978 % MS) e Erva cidreira (0,997 % MS) apresentaram valores um pouco mais baixos. Já o teor protéico nas plantas expectorantes foi relativamente baixo e semelhante entre elas, Chambá (0,023 % MS), Guaco (0,021 % MS) e Malva (0,023 % MS). Fazendo a comparação entre os dois grupos, a média protéica das plantas expectorantes (0,022 % MS) é sensivelmente inferior ao das plantas calmantes (1,013 % MS). No total de carboidratos solúveis das plantas calmantes, tivemos destaque para a Erva cidreira com 0,012 % MS, as outras plantas Colônia e Erva cidreira apresentaram valores um pouco mais baixos, 0,007 % MS. Já os valores apresentados pelo grupo de plantas expectorantes foi bem mais elevado, Chambá (0,018 % MS), Guaco (0,019 % MS) e Malva (0,021 % MS). Comparando a média do total de carboidratos solúveis, entre os dois grupos, as plantas expectorantes (0,019 % MS) é o dobro das plantas calmantes (0,008 % MS). Os lipídeos totais encontrados nos dois grupos de plantas apresentaram valores um pouco semelhantes. As três espécies das plantas calmantes mostraram valores para o Capim santo (0,698 % MS), Colônia (0,620 % MS) e Erva cidreira (0,697 % MS). Nas plantas expectorantes esses valores aumentaram um pouco, Chambá (0,645 % MS), Guaco (0,820 % MS) e Malva (1,098 % MS). |
||
CONCLUSÕES:
Porém a média entre os dois grupos mostra que as plantas expectorantes apresentaram valores mais elevados (0,854 % MS) e 0,671 % MS para plantas calmantes. Tendo uma diferença de 19 % a mais para plantas expectorantes.De acordo com os dados obtidos, observamos uma inversão de valores entre os dois grupos de plantas quanto ao percentual de proteínas e carboidratos, e uma pequena semelhança no teor de lipídeos totais. Esses dados confirmam um dos sabores adocicados da erva cidreira, uma das plantas do grupo calmante. Nossa análise também revelou que a composição química dessas plantas é correspondente ao grupo dos princípios ativos, substâncias que são responsáveis pela ação terapêutica de cada uma dessas plantas. |
||
Instituição de fomento: Universidade Estadual do Ceará | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Plantas Medicinais; Proteínas; Carboidratos. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |