IMPRIMIR VOLTAR
C. Ciências Biológicas - 14. Zoologia - 6. Zoologia
ESTUDO ETNOZOOLÓGICO DA COMUNIDADE DE SANTA TERESINHA (AGRESTE DA SERRA DA BORBOREMA) PB: UMA CONTRIBUIÇÃO Á CONSERVAÇÃO E A SUSTENTABILIDADE DOS RECURSOS FAUNÍSTICOS
Aluska Daniele de Melo Soares 1 (aluska.daniele@ibest.com.br) e José da Silva Mourão 1
(1. Departamento de Ciências Biológicas,Universidade Estadual da Paraíba-UEPB.)
INTRODUÇÃO:
Este estudo está sendo desenvolvido junto a comunidade de Santa Terezinha, localizada no município de Massaranduba, Micro-região do Agreste da Borborema-PB, com uma área territorial de 154,6Km², a 111 km da cidade de João Pessoa, com as seguintes coordenadas: 07º03’ e 26’’ S de latitude e 36º 21’ e 46’’(WGr) de longitude. A comunidade acima, que tem como atividade econômica a agricultura e caça de subsistência. Em estudos etnozoológicos uma ênfase tem sido dada aos sistemas de conhecimento (corpus) e de práticas (práxis) das populações tradicionais. Neste sentido, a etnozoologia estuda as conexões que os seres humanos possuem com a fauna, tanto por meio do manejo, da percepção, das crenças, conhecimentos, sentimentos, comportamento e também as varias formas de classificar, nomear, identificar as espécies animais.. Este trabalho tem como propósito geral estudar o conhecimento etnozoológico, que os moradores da comunidade de Santa Terezinha-PB, possuem sobre os recursos faunísticos daquela região.
METODOLOGIA:
A metodologia utilizada para a compreensão deste conhecimento etnozoológico foram obtidas por meio de entrevistas livres, e aplicação de questionários semi-estruturados e estruturados. As entrevistas livres e os questionários abordaram, questões do tipo: Quais são os habitas das espécies citadas, como reproduzem, o que comem, como é o comportamento social e quais os animais que são utilizados como produtos zooterápicos.
RESULTADOS:
Os resultados parciais obtidos mostram o levantamento da biodiversidade, sendo que, as espécies mais encontradas e conhecidas foram as de aves, répteis e mamíferos totalizando mais de 14 espécies. Quanto ao conhecimento sobre a bioecologia, os dados mostram, que os caçadores possuem um conhecimento bastante detalhado, no que diz respeito aos hábitos alimentares, habitats, comportamento social, reprodutivo e também como os animais são usados como produtos zooterápicos. Quanto ao habitat, segundo as informações dos caçadores o Tatu peba Euphractus sexcinctus, vive nos campos, onde escava túneis para se esconder. No que diz respeito aos hábitos alimentares, as Raposas Vulpes vulpes possuem uma dieta quase exclusivamente carnívora. Dela fazem parte, pequenos mamíferos - coelhos, lebres, ouriços-cacheiros -, aves, peixes, insetos, e ocasionalmente frutos silvestres e cultivados. Ainda de acordo com os caçadores várias espécies reproduzem de 4 a 6 filhotes por ninhada ,que sempre consta de indivíduos do mesmo sexo e sempre andam em bandos, a exemplo do Tatu peba Euphractus sexcinctus. Quanto ao comportamento social, os Preás Cavia aperea possuem hábitos diurnos e crepusculares, e ocasionalmente tem atividade durante a noite.
CONCLUSÕES:
Os resultados foram conclusivos, pois evidenciam que os caçadores têm um conhecimento acurado das interações das espécies de mamíferos com o ambiente. Essas conclusões sobre conhecimento detalhado e acurado estão de acordo com o a literatura científica.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Etnozoologia; caçadores; bioecologia.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005