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B. Engenharias - 1. Engenharia - 8. Engenharia Elétrica | ||
MANUTENÇÃO ELÉTRICA PREVENTIVA NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE CENTRADA EM ROTINAS FISCALIZADORAS | ||
Adolfo Cassoli Gomes 1 (cassoli@cefetes.br) | ||
(1. Coordenadoria de Eletrotécnica, Centro Federal de Educação Tecnológica do Espirito Santo - CEFETES) | ||
INTRODUÇÃO:
Atualmente, dentro do âmbito da Saúde, fala-se muito no aperfeiçoamento da qualidade dos serviços prestados. Várias providências têm sido tomadas por todos, a fim de que possam oferecer seus serviços aos pacientes com mais qualidade e segurança. As instalações elétricas nos Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) são críticas para o correto funcionamento dos equipamentos existentes e sua negligência implica, muitas vezes, em diagnósticos médicos errôneos, como também acidentes com choques elétricos envolvendo operadores e/ou pacientes, fazendo com que as instalações elétricas, antigamente relegadas a um segundo plano, hoje assumam posição importantíssima em função dos modernos equipamentos que são utilizados na medicina atual. O artigo apresenta uma metodologia estruturada de manutenção elétrica preventiva, centrada na aplicação de rotinas fiscalizadoras das instalações elétricas nos EAS, pertencentes à Rede de Atenção Básica de Saúde, efetuando sua validação nas Unidades Básicas de Saúde da Região Metropolitana da Grande Vitória (ES), objetivando verificar as condições de funcionalidade e segurança das instalações elétricas geral e de emergência. |
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METODOLOGIA:
A implementação de rotinas fiscalizadoras na manutenção elétrica preventiva está baseada nas normas do Ministério da Saúde para construção e reforma de EAS (RDC 50/2002) e normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (NBR 5410, NBR 13534, etc), sendo referências fundamentais para atingir as condições mínimas necessárias de confiabilidade e segurança das instalações elétricas existentes. |
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RESULTADOS:
A utilização de normas para os espaços físicos das EAS relacionadas a segurança e a funcionalidade das instalações elétricas e o levantamento em campo das condições reais da infra-estrutura, forneceram parâmetros que permitiram a avaliação das condições existentes. As principais causas do percentual elevado de deficiências de requisitos básicos ao bom funcionamento das instalações elétricas estão na falta de conhecimento de normas existentes e próprias para cada setor especializado, por parte do projetista e do executor do projeto, falta de uma conservação permanente das instalações aliada a fiscalização deficiente ou inexistente da Vigilância Sanitária. Foi detectado o uso abusivo de extensões elétricas possibilitando tropeços e queda dos equipamentos; adaptadores de tomadas; falta de identificação e padronização de tomadas para cada valor de tensão; falta de sistema de aterramento; aparelhos de ar condicionado ligados a circuitos que alimentam outros equipamentos médicos; circuitos de iluminação sendo usados para alimentação de equipamentos gerais e específicos; disjuntores sem identificação dos circuitos; quadro de disjuntores sem identificação; falta de dispositivos de proteção contra choques (DR); inexistência de documentação técnica (memorial descritivo, projeto elétrico) da edificação, dentre outras irregularidades encontradas. |
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CONCLUSÕES:
É indiscutível que a deficiência das instalações elétricas nos EAS afeta diretamente a utilização de tecnologias médicas, gerando riscos ao paciente, corpo clínico, enfermagem, servidores e ao público visitante. Cabe ressaltar que o modelo de manutenção elétrica preventiva apoiada em rotinas fiscalizadoras é a parte técnica da questão, mas o que determina de fato a sua eficácia é o estabelecimento de vínculos entre os dois grupos envolvidos na manutenção: a equipe técnica e os usuários das instalações. Trata-se em síntese, de introduzir novas formas de relacionamento entre os grupos envolvidos, procurando romper com uma cultura estabelecida, romper com valores e tabus existentes, em prol de uma cultura voltada para a partilha de responsabilidades e resultados. |
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Palavras-chave: manutenção elétrica preventiva; rotinas fiscalizadoras; instalações elétricas. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |