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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica | ||
A CRIANÇA NA ESCOLA: UM ESTUDO SOBRE A AGRESSIVIDADE | ||
Patricia Nunes da Fonseca 1 (patynfonseca@uol.com.br), Emília Suitberta de Oliveira Trigueiro 1, Luisa Elena C. de Oliveira 1 e Cinthia Lopes dos Santos 1 | ||
(1. Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba - UFPb) | ||
INTRODUÇÃO:
A vida escolar possibilita a criança o desenvolvimento de suas habilidades sociais bem como a aquisição de conhecimentos, experiências, valores e crenças que foram transmitidos, assimilados e recriados pelas novas gerações. Desse modo, a constituição das relações sociais no âmbito da escola vem a ser um capítulo importante no desenvolvimento infantil uma vez que, após a família, a escola é o principal espaço para a aprendizagem. Na atualidade, observa-se um crescimento considerável de comportamentos agressivos de crianças na sociedade, e mais especificamente, na escola, onde a agressividade tem sido expressa de forma tanto confrontativa como não-confrontativa. Estes comportamentos vão gerando indisciplina e problemas de relacionamento entre aluno-aluno e professor-aluno, além de comprometer o processo de ensino-aprendizagem, gerando em várias ocasiões fracasso escolar. Portanto, para se saber mais sobre esta temática, procurou-se desenvolver um trabalho junto aos professores, tendo em vista serem peças fundamentais no processo educativo, já que convivem com esta realidade diariamente. Neste sentido, o presente estudo tem por objetivo comparar a percepção dos professores da 4ª série do ensino fundamental acerca da manifestação dos comportamentos agressivos em relação aos colegas de sala de aula. |
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METODOLOGIA:
Para a execução do estudo, 44 professoras da 4ª série do ensino fundamental que atuavam em escolas públicas e privadas do município de João Pessoa foram convidadas a responder uma escala acerca do comportamento agressivo expresso pelos alunos e um questionário contendo a solicitação de informações sócio-demográficas. Para responder a esses instrumentos, os professores escolhiam, através de sorteio, em média 10 alunos da sala de aula. Ao final, contabilizou-se 437 inventários que foram analisados no programa estatístico SPSS WIN 10.0. A idade das crianças, que participaram do estudo de forma indireta, variou entre 8 a 16 anos (M = 10,75; DP = 1,45). Desses, 59% estudavam em escolas públicas e 41% em escolas privadas. Realizou-se um teste t para comparar a média dos grupos. |
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RESULTADOS:
De acordo com a percepção dos professores, os resultados indicaram que os alunos da escola pública apresentaram uma média maior no que diz respeito à expressão dos comportamentos agressivos dirigidos aos colegas de sala de aula que os alunos de escola privada (M = 22, 3; t = 3,84; p < 0,001). Ademais, observou-se que a manifestação destes comportamentos se dava, mais freqüentemente, de forma confrontativa, ou seja, batendo, chicando, destruindo objetos, ameaçando, implicando e provocando intrigas. |
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CONCLUSÕES:
Considerando as implicações desta temática para a educação infantil, verifica-se a sua relevância no que diz respeito a compreensão de como a agressividade tem sido expressa no ambiente escolar, ao mesmo tempo em que possibilita a elaboração de intervenções o mais cedo possível, evitando o início de uma escalada de violência. |
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Palavras-chave: criança; escola; agressividade. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |