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G. Ciências Humanas - 5. História - 11. História
AGULHAS E TABULEIROS: AS MULHERES PROVEDORAS DE FAMÍLIA EM SÃO LUÍS DO MARANHÃO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
Joseane Ferreira Lima 1, 3, 4 (jo_lima78@yahoo.com.br) e Mary Angélica Costa Tourinho 2
(1. Graduanda do Depto. de História, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 2. Pós-Graduanda do Depto. de História, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 3. Graduanda do Depto. de Letras, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 4. Aux. Pesq. Proj. Atlas Lingüístico do Maranhão - ALiMA, UFMA)
INTRODUÇÃO:
A História, enquanto parte integrante do conhecimento humano, nos possibilita vivenciar experiências, as mais variadas e instigantes possíveis, através de personagens e contextos integrantes de um tempo e um espaço vividos. Assim, busca-se estudar as mulheres que através do trabalho realizado no espaço familiar e no espaço público sustentaram sua família - filhos, a si mesmas, aos seus pais - assumindo com essa atitude, prática frente às camadas sociais da cidade de São Luís da segunda metade do século XIX - 1850 a 1890, papel de provedora da família.
METODOLOGIA:
Partiu-se da leitura e análise de um referencial teórico-metodológico que prima pelo caráter relacional que envolve o objeto em questão: o estudo de Gênero, aliado à História Cultural - na vertente praticada por Roger Chartier, usando-se o conceito de Práticas Culturais e as noções de Representação e Apropriação; a Semiótica - aplicada à maneira do historiador Ciro Flamarion Cardoso e Análise do Discurso - adotando-se a perspectiva de José D’Assunção Barros. A pesquisa desenvolveu-se através de levantamentos, análises e comparações de documentos do período: Recenseamentos Demográficos, Autos de Justificação de Solteiros, Autos Civeis de Arrecadação, Testamentos, Códigos de Postura do Município, Jornais e Obras publicadas no período.
RESULTADOS:
Entendendo-se a sociedade como um meio complexo e diversificado, traz-se à tona instigações sobre o cotidiano de mulheres de camadas populares que não respondem a um modelo preconizado no período, ou seja, mulheres que se casam - entendendo-se casamento como uniões oficializadas ou não pela Igreja Católica - constituem família e são sustentadas pelos maridos. As mulheres, em questão, desenvolveram e mantiveram um tipo de família, sem necessariamente, ter ao seu lado a figura masculina para o provimento material da mesma. Entre essas mulheres pode-se apontar uma diversidade de tipos, como: livres, forras, pobres, brancas, mulatas, pretas, casadas, solteiras, viúvas e concubinas, e, mulheres com ou sem prole.
CONCLUSÕES:
Mulheres que pelo trabalho, seja ele privado, no ambiente doméstico, como o de costuras, por exemplo, ou tendo ele um caráter público como as vendas nas ruas, conseguiram subsistir economicamente e, mais que isso, manter outras pessoas, como os pais, filhos e parentes.
Palavras-chave:  mulheres, trabalho; cidade de São Luís; século XIX - 1850 a 1890.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005