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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 4. Educação Básica | ||
POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS DO TRATO DA TIPOLOGIA TEXTUAL CARTA NOS LIVROS DIDÁTICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA | ||
Lucinalva da Silva Macedo 1 (ataide@hotlink.com.br), Patrícia Silvério da Rocha 1 e Patrícia Maria S. B. Mergulhão 1 | ||
(1. Dept. Educação, Faculdade Frassinetti do Recife, FAFIRE) | ||
INTRODUÇÃO:
Pensar a formação do professor-leitor implica em direcionar o nosso olhar para o cotidiano escolar, tendo em vista que este é parte integrante dos indivíduos, Certeau (2000), haja vista, que trabalhamos no sentido de compreender melhor o mundo real e legal, no cotidiano escolar, no que se refere ao trato com a tipologia textual cartas, nos livros didáticos de Língua Portuguesa de 1ª à 4ª série do Ensino Fundamental I, recomendados pelo Programa Nacional do Livro Didático. |
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METODOLOGIA:
Para tanto, escolhemos como caminho teórico-metodológico a Análise do Discurso (AD) que trabalha Orlandi (1998), uma vez que o discurso ultrapassa o dito no texto, buscando o não-dito nos discursos, tendo em vista que a linguagem não se apresenta de forma transparente, Macedo (2001). Essa escolha está relacionada ao nosso entendimento acerca desse gênero textual, percebendo-a como instrumento de formação do sujeito leitor, além de ser um dos elementos que pode possibilitar a interação na prática pedagógica do professor, no sentido de desenvolver a sistematização do conhecimento na perspectiva que vem trabalhando Freire (1995), ou seja, criando, recriando, refletindo e inovando. No outro momento realizamos um levantamento bibliográfico dos autores que trabalham a importância da utilização da tipologia textual, textos epistolares, como Kaufman e Rodriguez (1995) e Dionízio e Bezerra (1995) que representam nossa fonte teórica. |
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RESULTADOS:
Procuramos nos apropriar das especificidades desta tipologia, buscando identificar a sua estruturação e observamos que são produzidas com diferentes tramas (narrativa e argumentativa) e com variadas funções de linguagem (informativa, expressiva e apelativa) em virtude do seu destinatário. Percebemos nas cartas de Graciliano Ramos (1992), publicadas mais de 20 anos após a sua morte, que foram escritas contando suas relações com o cotidiano e as pessoas com as quais mais de perto conviveu. Já nas cartas de Mário de Andrade (l982) a Carlos Drummond de Andrade, havia uma intenção que não era simplesmente de comunicação com os amigos, mas também de pretexto para reflexões sobre temas literários, artísticos, políticos e existenciais. Na nossa análise dos manuais didáticos emergem apenas as cartas familiares e amistosas. Nestas, o destinatário comprometido afetivamente com o remetente, é capaz de extrair a dimensão expressiva da mensagem. A partir da análise das coleções dos livros didáticos de Língua Portuguesa de 1ª à 4ª série, identificamos que o gênero textual carta é contemplado em uma das séries, vale salientar que não é sempre na mesma série. Observamos também que o tratamento dado aos textos direciona-se não só para a estrutura textual, mas também para a dimensão de sua circulação social. |
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CONCLUSÕES:
Neste sentido, podemos concluir nesta pesquisa, em andamento, que o livro didático de Língua Portuguesa apresenta-se como um instrumento facilitador para disseminar a utilização dessa tipologia textual em sala de aula. No entanto, percebemos que a tipologia em análise ainda é pouco contemplada nas coleções analisadas. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Tipologia Textual - Carta; Análise do Dircurso; Livro didático. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |