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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública | ||
ESTUDO DO RISCO CARDIOVASCULAR EM SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE | ||
Judite Diana Albuquerque Costa 1 (dianaflowerr@yahoo.com.br) e Lúcia de Fátima da Silva 1 | ||
(1. Universidade Estadual do Ceará) | ||
INTRODUÇÃO:
Dentre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), as doenças cardiovasculares (DCV) se sobressaem como as de maiores índices de prevalência. O desenvolvimento deste adoecimento envolve fatores de risco constitucionais, tais como sexo, idade, raça e genética, assim como riscos considerados comportamentais, quais sejam, fumo, dieta, sedentarismo, etilismo, uso de anticoncepcionais. Ainda, estão envolvidos, como riscos, os distúrbios metabólicos, como hipertensão arterial, obesidade, dislipidemia, diabetes; e socioeconômico-cultural: renda, ocupação, escolaridade e classe social. Por se constituírem a principal causa de morbimortalidade na população brasileira, as DCV vêm despertando atenção dos profissionais de saúde para a prática educativa em saúde, no sentido de contribuir com ações que previnam estas ocorrências. Diante deste contexto, este estudo foi realizado com vistas a analisar o perfil de risco social e epidemiológico para doenças cardiovasculares, em um grupo de servidores técnico-administrativos de uma comunidade universitária, em Fortaleza-Ceará. Considerava-se que este conhecimento poderia levar à identificação de estratégias educativas em saúde, a serem desenvolvidas com esta clientela, contribuindo, assim, para a redução de sua prevalência no grupo. |
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METODOLOGIA:
Foi desenvolvido um estudo do tipo transversal, em um campus universitário estadual, localizado em Fortaleza-Ceará. A amostragem caracterizou-se como aleatória simples e a amostra foi constituída por 30 servidores técnico-administrativos que, quando abordados, aceitaram ser pesquisados. Foram excluídos os participantes que relataram ser portador de qualquer doença cardiovascular, excetuando-se os que citaram a hipertensão arterial. A coleta de dados foi realizada entre dezembro de 2004 a março de 2005, mediada por um formulário, contendo dados de identificação e de avaliação das variáveis caracterizadas como risco para o desenvolvimento de DCV. As informações obtidas foram organizadas manualmente, utilizando recursos da estatística descritiva, e analisados à guisa da literatura pertinente. As recomendações para a realização de estudos envolvendo humanos foram plenamente observadas nesta pesquisa, de modo que o projeto do estudo foi analisado e aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Ceará, como também, toda garantia de beneficência e não maleficência foi assegurada aos participantes. |
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RESULTADOS:
A maioria dos servidores técnico-administrativos estudados são mulheres casadas e a idade concentra-se na faixa entre trinta e quarenta e nove anos. Quanto à escolaridade, a maior parte das pessoas completou o ensino médio; e a renda mensal mais comum foi de três salários mínimos. Deles, dezessete afirmaram não se considerar estressado e dezoito não praticam atividade física. Dezenove dos participantes dizem nunca ter fumado. No que respeita à história familiar, há casos de diabetes, hipertensão arterial e, com menor freqüência, de infarto do miocárdio, morte súbita, angina do peito e acidente vascular cerebral. Quanto mensurada a pressão arterial sistêmica, vinte e um apresentaram níveis normais, doze estavam com a pressão levemente aumentada; os demais tinham pressão baixa. A relação cintura-quadril revelou que a maioria possui característica propícia ao desenvolvimento destas doenças. Das mulheres, apenas cinco estão na menopausa e somente três referiram uso de contraceptivos orais. Grande parte referiu beber socialmente. Quando investigado sobre o que sabem sobre DAC, eles conhecem os cuidados com os riscos de ocorrência de DAC, muito embora, desejaram saber mais sobre causas e sintomas de DAC. É possível, portanto, analisar que, entre a clientela, estão presentes riscos constitucionais, comportamentais, metabólicos e sócio-econômicos facilitadores ou de risco para DAC. Em especial, pode-se avaliar que seu estilo de vida não é protetor para esta ocorrência mórbida. |
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CONCLUSÕES:
A tentativa de analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de DAC entre servidores técnico-administrativos desta Universidade possibilitou compreender que estas pessoas vivem cercadas de fatores constitucionais, comportamentais, metabólicos e sócio-econômicos facilitadores ou de risco para este adoecimento. Diante destes achados, o estudo aponta para a necessidade de ampliação da amostra das pessoas estudadas, como vistas a assegurar a análise procedida; bem como de serem implementadas ações de educação em saúde que ajudem esta clientela a aderir a um estilo de vida mais saudável, capaz de comprimir a morbidade em suas vidas. |
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Instituição de fomento: Universidade Estadual do Ceará | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Risco Cardiovascular; Servidores técnico-administrativos; Universidade. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |