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H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Lingüística - 6. Lingüística | ||
AMBIGUIDADE NA LINGUAGEM DA PROPAGANDA | ||
NOADIA IRIS DA SILVA 1 (noadia.iris@bol.com.br), MANUELA TRAVASSO DA COSTA RIBEIRO 2, POLLYANNA KEYLLA 3, MOISÉS SÉRGIO DE ARAÚJO 4, JOSIVALDO BARBOSA DA SILVA 5 e ANTÔNIO CARLOS XAVIER 6 | ||
(1. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 2. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 3. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 4. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 5. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE; 6. Depto. de Letras, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE) | ||
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO: Quando um enunciado apresenta uma única forma sujeita a mais de uma interpretação, ou seja, quando há a convivência de sentidos duplos para a mesma palavra ou expressão, dizemos que este enunciado é ambíguo.A ambigüidade pode advir do léxico, quando certos morfemas léxicos apresentam vários sentidos. Mas também pode ser gerada por uma estrutura sintática suscetível de várias interpretações ou ainda por uma segmentação inadequada de algumas falas.O ensino tradicional da língua portuguesa costuma preconizar a dizimação da ambigüidade na construção do discurso. Isto porque, acredita-se que a comunicação deve ser clara e inequívoca. Este preceito é válido para gêneros textuais que procuram a exatidão tais como os textos acadêmicos, jornalísticos ou instrucionais.Contudo, em alguns gêneros literários e midiáticos, a ambigüidade, longe de tornar-se um ruído é um recurso de poeticidade.No caso específico da propaganda onde se tem um espaço delimitado, a ambigüidade é tanto aceita quanto bem-vinda, pois, através de um acúmulo de significados, é possível sugerir vários sentidos com uma só forma.Nosso trabalho procura examinar os efeitos de sentido da ambigüidade na mensagem verbal da publicidade, ao mesmo tempo em que, oferece uma classificação tipológica da mesma. |
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METODOLOGIA:
METODOLOGIA: Fizemos, inicialmente, uma pesquisa das propagandas que foram veiculadas nos jornais e revistas na cidade do Recife entre os meses de novembro de 2003 a agosto de 2004. Então selecionamos 48 destas propagandas que apresentavam o fenômeno lingüístico da ambigüidade e as analisamos a luz dos estudos de Semântica. |
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RESULTADOS:
RESULTADOS: Observamos que, embora todas as propagandas analisadas apresentassem ambigüidade, este fenômeno não era gerado pelo mesmo mecanismo. Ao contrário, podemos distinguir quatro principais formas de ambigüidade: a que é gerada por homonímia (72,9%); por polissemia(22, 9%); por referência dêitica(2,08%) e por regressão semântica (2,08%). |
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CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES: A propaganda utiliza-se de várias formas de ambigüidade. Neste trabalho evidenciamos quatro tipos principais que são, por ordem de produtividade: Polissemia (35); Regressão Semântica (11) e Referência Dêitica e Homonímia cada um dos dois casos com apenas uma ocorrência do total de 48 propagandas estudadas.Vimos também que os sentidos sugeridos ambiguamente na propaganda não se excluem, mas formam um todo significativo. A ambigüidade é, desta forma, um importante recurso expressivo que permite criar todo um texto com poucas palavras.Esse mecanismo de condensação é condizente com os objetivos propagandísticos, uma vez que o texto de propaganda é quantitativamente limitado, porque o objetivo do anúncio é o de substituir longos discursos, que requerem uma decifração custosa em tempo e atenção, por uma imagem incisiva. |
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Palavras-chave: PROPAGANDA; AMBIGÜIDADE; POLISSEMIA. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |