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C. Ciências Biológicas - 2. Biologia - 3. Biologia Geral | ||
CICLO DE MUDA E RELAÇÃO COM A REPRODUÇÃO DO CARANGUEJO Dilocarcinus pagei STIMPSON, 1861 (DECAPODA: TRICHODACTYLIDAE) NO PANTANAL DO RIO PARAGUAI - PORTO MURTINHO - MS | ||
Fernando Aparecido de Morais Ortiz 1, 2 (fernando.ortiz@universiabrasil.net), Cynthia de Barros Mansur 1, 2, Vitor Simão Galletti 1, 2 e Jorge Alberto de Souza 1, 2 | ||
(1. CPBIO-Centro de Pesquisas em Biodiversidade - Laboratório de Cultivo de Organismos Aquáticos; 2. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS) | ||
INTRODUÇÃO:
Alguns caranguejos de água doce são muito abundantes no Brasil, particularmente na região do Pantanal Matogrossense, onde indivíduos jovens e adultos de algumas espécies, principalmente Dilocarcinus pagei Stimpson, 1861 (Trichodactylidae) são muito utilizados como isca viva para pescarias. O processo de muda em crustáceo é um dos eventos metabólicos mais complexos de seu ciclo de vida, pois requer várias preparações antes e após a ecdise. O estudo do ciclo de muda associada a período reprodutivo contribui para um melhor entendimento da biologia reprodutiva dessa espécie, sendo o objetivo desse trabalho é relacionar o ciclo de muda com o ciclo reprodutivo. |
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METODOLOGIA:
As amostragens foram realizadas mensalmente, no Rio Paraguai, município de Porto Murtinho, MS, Brasil, entre as coordenadas 21º41’449”S 57º33’770”W e 21º42’000”S 57º33’649”W, no período abril de 2004 a março de 2005, totalizando doze meses de coleta. Os estágios de muda foram observados pela consistência da carapaça e observação da linha ecdisial. Posteriormente, agrupados em indivíduos com atividade de muda recente e indivíduos em intermuda e, com a avaliação da freqüência de ocorrência para cada sexo ao longo do ano, relacionando o ciclo de muda com o ciclo reprodutivo. |
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RESULTADOS:
As coletas totalizaram o número de 1247 indivíduos, sendo 671 machos e 576 fêmeas, sendo que a grande maioria dos indivíduos coletados encontravam-se em estagio de intermuda no qual a carapaça é mais dura. Quando se analisou o estágios de muda em relação aos meses notou-se que para machos o mês que teve maior quantidade de indivíduos em estágios de intermuda foi janeiro com 97,9%, e para fêmeas o mês de outubro com 90% das fêmeas em intermuda. Durante todo período do ano predominou fêmeas com gônadas rudimentares ou imaturas, já para machos tiveram meses que foram coletados mais indivíduos com gônadas desenvolvidas que os demais tipos. Para fêmeas o mês com maior atividade de muda foi junho e para machos foi o mês de dezembro. |
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CONCLUSÕES:
Esses processos que envolvem gasto de energia como a muda com a finalidade principal de crescimento e a maturação sexual para que se possa reproduzir-se, sendo então processos antagônicos pois ambos necessitam de grande quantidade de energia e com isso a ecdise não ocorre antes da eclosão dos ovos no caso das fêmeas, ou quando no caso dos machos ela não ocorre antes da cópula, para que não haja competição metabólica, e que seja priorizado ou a reprodução ou o crescimento. |
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Instituição de fomento: Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Ciclo de Muda; Pantanal; Dilocarcinus pagei. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |