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D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 1. Epidemiologia | ||
MORDEDURA DE CÃES EM PACIENTES INFANTO-JUVENIS ATENDIDOS NO CENTRO DE SAÚDE PAULO RAMOS, EM SÃO LUIS (MA), DE JANEIRO A JUNHO DE 2004: CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E SUAS FREQÜÊNCIAS | ||
Claudia Castro Carvalho 1 (claudiacastrocarvalho@yahoo.com.br) e Barbara Tereza Fonseca da Silva 2 | ||
(1. Depto. de Ciências Fisiológicas, CCBS, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 2. Depto. de Ciências Fisiológicas, CCBS, Universidade Federal do Maranhão - UFMA) | ||
INTRODUÇÃO:
Os acidentes continuam sendo uma causa importante de morbi-mortalidade em todo o mundo. Dentre os principais tipos de acidentes na infância e na adolescência, as mordeduras animais, principalmente as caninas, são objeto de grande preocupação em virtude da possibilidade de transmissão da raiva, doença grave que, na totalidade dos casos, leva a óbito. O objetivo deste trabalho foi verificar as características epidemiológicas e suas freqüências na mordedura de cães em pacientes infanto-juvenis atendidos no Centro de Saúde Paulo Ramos, em São Luis, Maranhão, de janeiro a junho de 2004. |
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METODOLOGIA:
Os dados foram coletados em fichas de investigação epidemiológica, no Centro de Saúde Paulo Ramos, de 189 pacientes de ambos os sexos, entre 1 a 21 anos de idade, mordidos por cães. Foram analisadas as variáveis: faixa etária, sexo, ocupação, procedência (bairro), tipo de local (residencial ou via pública), condição de saúde do cão (vacinado ou não vacinado), parte do corpo afetada (cabeça, tronco, membros superiores, membros inferiores, múltiplas), e tipo de ferida (superficial, profunda e dilacerado), pelo teste de qui-quadrado e teste de Fisher, considerando p < 0,05. |
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RESULTADOS:
As faixas etárias mais freqüentes foram de 8 a 14 anos (43%) e de 1 a 7 anos (38%) (p < 0,05); o sexo mais freqüente foi o masculino (63%) (p < 0,05); a ocupação mais comum foi a de estudante (81%) (p < 0,05); os acidentes ocorreram mais nas residências (71%) (p < 0,05); as partes do corpo mais afetadas foram os membros inferiores (55%) e superiores (27%) (p < 0,05); e os tipos de feridas mais observados foram os profundos (77%) e os superficiais (22%) (p < 0,05). As crianças e os adolescentes foram mais mordidos nas residências por cachorros vacinados (p < 0,05). Os ferimentos superficiais ocorreram mais no tronco e membros superiores, enquanto que os ferimentos profundos mais nos membros inferiores e nas partes múltiplas (p < 0,05). Os adolescentes de 8 a 14 anos foram mais mordidos no tronco e nos membros inferiores; as crianças de 1 a 7 anos foram mais mordidas na cabeça; e os adultos jovens de 15 a 21 anos foram mais mordidos nos membros superiores (p < 0,05). As ocorrências aconteceram mais nos bairros Vila Embratel e Maiobão (5%), e a maioria era de cães não vacinados (54%), tanto nos acidentes residenciais como na via pública. |
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CONCLUSÕES:
As classes mais freqüentes das características epidemiológicas de mordedura de cães em pacientes infanto-juvenis atendidos no Centro de Saúde Paulo Ramos, em São Luís, Maranhão, de janeiro a junho de 2004 foram: 8-14 anos, sexo masculino, ocupação de estudante, acidente residencial, sendo os membros inferiores mais afetados com ferimentos profundos. |
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Instituição de fomento: Centro de Saúde Paulo Ramos, São Luís, Maranhão | ||
Palavras-chave: Raiva humana; Epidemiologia de mordeduras; Acidentes com cães. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |