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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
CIÊNCIA DIVERTIDA! - LABORATÓRIO DE EDUCAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO E A POPULARIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Maura Ventura Chinelli 1, 2 (mchinelli@cefeteq.br), Luiz Edmundo Vargas de Aguiar 1, 2, Ivanilton Almeida Nery 1, Álvaro Figueredo da Silva e Sá Júnior 1, Andréa Cortez dos Santos 1, Jair Augusto Gomes de Sant’Ana 1, Luciana da Silva Garcia 1, Pablo Wolf Oliveira 1, Paulo Robson Moura Rodrigues 1 e Raphael Corrêa de Almeida 1
(1. Centro Federal de Educação Tecnológica de Química de Nilópolis/RJ- CEFET Química; 2. Departamento de Ensino/Instituto Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ)
INTRODUÇÃO:
A Baixada Fluminense é uma região do Estado do Rio de Janeiro densamente povoada, conhecida nacionalmente em razão do abandono a que por várias décadas foi submetida pelo poder público. No entanto, mesmo que ainda vivendo sérias dificuldades sócio-econômicas e de infra-estrutura, a população da Baixada Fluminense tem se mobilizado no sentido do estabelecimento de melhorias para as suas condições de vida. Desta forma, atentos aos anseios e à receptividade da comunidade local e cientes da importância do conhecimento científico para o bem-estar de indivíduos e sociedade, estudantes das Licenciaturas em Química e em Física do CEFET Química, localizado no Município de Nilópolis, propuseram-se a realizar estudo voltado para a elaboração de ações pedagógicas apropriadas para a educação científica em espaços não formais. O objetivo específico da pesquisa foi o de elaborar atividades e experimentos interativos e multidisciplinares capazes de, em razão de seu caráter lúdico e/ou artístico, despertar a curiosidade, formar conhecimento e educar para a cidadania, aproximando ciência e sociedade.
METODOLOGIA:
O trabalho desenvolveu-se em 06 (seis) etapas: 1- estudos teóricos, para a fundamentação da proposta; 2- visitas a Centros de Divulgação Científica no Rio de Janeiro, visando à identificação de seu acervo e à observação crítica das estratégias de comunicação com o público; 3- pesquisa bibliográfica de experimentos e jogos adequados aos objetivos traçados; 4- levantamento do acervo do Centro de Ciência e Cultura do CEFET Química (C4); 5- recuperação do acervo do C4 e elaboração de experimentos novos; 6- preparação de instruções e de explicações que, disponíveis por escrito, orientassem a observação independente de visitantes a uma exposição a ser promovida.
RESULTADOS:
A pesquisa resultou na organização de uma exposição dividida em 04 (quatro) blocos temáticos, constando dos seguintes experimentos:

1- Luz, câmara, imagem e ação!-Experimentos interativos baseados em conhecimentos sobre Ótica: Caleidoscópio, Periscópio, Divisória da transformação, Visão de pássaro, Cubra os pontinhos, Rosto sobreposto, Furo na mão, Sombras coloridas, Tudo de cabeça para baixo.
2- Na onda do som-Brincadeiras que envolvem acústica: Espelhos sonoros, Tubos musicais, Telefone sem fio.
3- Movimente suas idéias!-Brincadeiras relacionadas aos conceitos de Força e Movimento: Tornado, Bolas de Newton, Sistema de roldanas, Triângulos de Reuleaux, Dinâmica das rotações, Cadeira giratória, Bola suspensa no ar.
4- DNArte-Diversas formas de arte aproximam o visitante do mais revolucionário conhecimento em Biologia do ultimo Século: Vídeos do Projeto Genoma Humano, Escultura comestível de DNA, Fotocolagem: “Origens genéticas do povo brasileiro”, Modelos moleculares para montar, Música do DNA.

Cada experimento foi acompanhado de um cartaz explicativo, em cuja frente constava um convite à experimentação e as orientações necessárias à realização da atividade. No verso, um personagem especialmente criado apresentava, de forma simples, as explicações para os fenômenos observados.

Esta exposição foi realizada durante evento de extensão promovido anualmente pelo CEFET Química. Estima-se que tenha recebido, em quatro dias, cerca de 800 (oitocentos) visitantes.
CONCLUSÕES:
A observação de propostas já existentes, voltadas para a alfabetização científica e a popularização da ciência, possibilitou que fosse identificada a necessidade de fortalecerem-se os mecanismos para a informação e a divulgação científicas na Baixada Fluminense/RJ. A estratégia de comunicação com o público mostrou-se um recurso eficaz para a formação de professores reflexivos, capazes de elaborar procedimentos e métodos para o ensino que resultem em aprendizagens significativas e se voltem para a construção da cidadania e para o desenvolvimento social. Por suas características, o trabalho tornou-se o embrião de um laboratório de pesquisas em educação - que começa a ser implementado - destinado ao desenvolvimento de projetos que visam à formação de competências docentes com a criação e a dinamização de atividades para o ensino.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  ensino não-formal; formação de professores; popularização científica.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005