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G. Ciências Humanas - 7. Educação - 18. Educação | ||
O ENSINO DA FILOSOFIA EM SÃO LUÍS E OS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ÁREA | ||
Lucidélia da Conceição Cantanhede da Silva 1 (lucydelia@bol.com.br), Susan Lucena Rodrigues 1, Luciana Casemiro Mendonça 1, Lena Conceição Costa Soares 1, Augusto Viana da Rocha 2 e José Rogério de Pinho Andrade 1, 3 | ||
(1. Depto. de Filosofia, Universidade Federal do Maranhão - UFMA; 2. Depto. de Direito, Pontifícia Universidade Católica Campi Betim - PUC/MG; 3. Depto. de Pedagogia, Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO) | ||
INTRODUÇÃO:
A presente pesquisa aborda a situação do Ensino de Filosofia em São Luís - MA, um avanço, por um lado, devido a sua re-inserção ter se dado antes da aprovação da LDB / 96 que versa sobre o ensino desta disciplina, e por outro um retrocesso na medida em que os profissionais que lecionam Filosofia, em sua maioria, não estão habilitados para tal. A inclusão da Filosofia no ensino público foi recomendada pela Resolução Nº 06 / 86 do Conselho Federal de Educação, o que não implicou na sua obrigatoriedade na época. Diante da importância do Ensino de Filosofia objetivou-se analisar dados referentes aos profissionais que atuam na área, bem como a forma de como tem se apresentado o ensino da disciplina nos cursos pré-vestibular, nas escolas públicas e particulares. Na rede Pública Estadual destacamos a situação dos professores que atuam na área, já no que se refere à Rede Pública Municipal de São Luís foi aprovada a obrigatoriedade da disciplina, no entanto ainda não houve concurso Público para os profissionais da área. |
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METODOLOGIA:
Levantamento bibliográfico dos autores Beatriz Sabóia, Walter Omar Kohan, Sílvio Gallo, Antonio Severino, Paulo Ghiraldelli Júnior, Dalton José Alves; pesquisa e entrevista nos Centros de Ensino Médio e Complexos Educacional de Ensino Fundamental e Médio da Ilha de São Luís, Cursos Pré-vestibular; pesquisas em jornais, revistas, Arquivo Central do Maranhão e Arquivo da Divisão de Registros e Diplomas da Universidade Federal do Maranhão; Dados da Gerência de Desenvolvimento Humano do Governo do Estado do Maranhão; Parâmetros Curriculares Nacionais de Filosofia; Lei de Diretrizes e Bases. |
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RESULTADOS:
Em 1994, deu-se no Maranhão o segundo e último concurso público para Professores de Filosofia do Ensino Médio, no entanto, os professores aprovados não suprem a atual demanda das escolas estaduais, fazendo com que licenciados em outras áreas lecionem tal disciplina. Como justificativa, os órgãos responsáveis, argumentam uma suposta falta de recursos humanos na área da Filosofia, além dos altos custos para realização de concurso público, fato questionável, uma vez que somente a Universidade Federal do Maranhão de 1994 a 2004 graduou 232 licenciados em Filosofia. Em São Luís nas 33 escolas estaduais pesquisadas, dos 103 professores trabalhando com Filosofia, 58 são graduados na área e 45 são profissionais de outros saberes que ministram a disciplina. Desses 58 profissionais com formação em Filosofia, apenas 17 dedicam-se exclusivamente à disciplina, 26 lecionam Filosofia e disciplinas afins, e 15 trabalham em setores administrativos, quando poderiam estar atuando na licenciatura. Podemos destacar ainda que com a implementação da Filosofia no vestibular das Universidades Federal e Estadual do Maranhão provocou certa obrigatoriedade no ensino da mesma, bem como suscitou a procura aos cursos pré-vestibulares que absorveu parte dos graduados em Filosofia, uma vez que os dados confirmam a Filosofia como a segunda disciplina que mais desclassificou nos vestibulares de 2003 e 2004 da Universidade Federal do Maranhão. |
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CONCLUSÕES:
Conclui-se que para melhorar o ensino público da Filosofia em São Luís, faz-se mister a realização do concurso público para suprir a carência do município em termos de professores habilitados para lecionar a disciplina |
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Palavras-chave: Licenciado em Filosofia; Ensino de Filosofia; Concurso Público. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |