|
||
H. Artes, Letras e Lingüística - 4. Lingüística - 4. Sociolingüística | ||
O PARALELISMO FORMAL NA FALA DE CRIANÇAS DA CIDADE DE MACEIÓ | ||
Rosana Taciana Portela 1 (rosanataciana@bol.com.br) e Maria Denilda Moura 1 | ||
(1. Departamento de Letras Clássicas e Vernácula/ Universidade Federal de Alagoas/ UFAL) | ||
INTRODUÇÃO:
Essa pesquisa tem como objetivo observar como se processa a regra de concordância verbal na língua falada por crianças da cidade de Maceió, assim como verificar a tendência de formas gramaticais particulares ocorrerem juntas.Ou seja, se sujeitos com mais marcas explícitas favorecem mais a ocorrência de verbos com mais marcas explícitas de plural. A partir da Teoria da Variação, cujo precursor é o lingüista William Labov, estudamos a influência do paralelismo formal, hipótese levantada por (SCHERRE, 1992, p.43), no português brasileiro falado por crianças de 07 a 12 anos da cidade de Maceió. Entre os objetivos deste projeto podemos citar: ampliar o estudo da concordância verbal na língua falada por crianças da cidade de Maceió, contribuindo para uma melhor compreensão do fato; observar como está se comportando a concordância verbal diante do fenômeno do paralelismo formal; verificar que fatores lingüísticos e extralingüísticos contribuem para a ocorrência do(s) mesmo(s); analisar o fenômeno à luz da Teoria Variacionista; com base nos resultados, oferecer uma descrição quantitativa e qualitativa do(s) mesmo(s). |
||
METODOLOGIA:
Adotamos os pressupostos teóricos e metodológicos da teoria da Variação Lingüística Laboviana.. Demos início à pesquisa, desenvolvendo uma série de leituras sobre o assunto, realizamos fichamentos de livros e artigos envolvendo o fenômeno a ser estudado, iniciamos a coleta de dados a serem analisados, definimos os grupos de fatores mais significativos para análise e a seguir, os dados foram rodados no programa computacional Varbrul, para que obtivéssemos a análise qualitativa e quantitativa do(s) mesmo(s). |
||
RESULTADOS:
Constatamos que há correlação entre o tipo de marca existente no sujeito, sintagma controlador da concordância, e o tipo de marca existente no verbo. Partindo do princípio levantado por (SCHERRE, 1993, p.3,11), comprovamos que um sujeito com marcas explícitas de plural influencia marcas explícitas de plural no verbo; e, um sujeito com marca zero de plural influencia um verbo com marca zero de plural. Constatamos que o fator que obteve maior índice de concordância verbal foi o referente à presença da forma plural zero em todos os elementos do sintagma nominal sujeito.Esse resultado foi obtido devido à presença de sujeitos formados pela expressão a gente. Isso leva o verbo a apresentar-se sempre no singular.Os fatores que se afastaram da aplicação dessa regra foram os referentes à presença de forma de plural explícita em todos os elementos do sintagma nominal sujeito e a presença da forma de plural zero em um dos elementos do sintagma nominal sujeito. |
||
CONCLUSÕES:
Verificamos e comprovamos que há evidências de “formas gramaticais particulares ocorrerem juntas” ou de que marcas conduzem a marcas e zeros conduzem a zeros”, o que ratifica a firmação de (SCHERRE e NARO, 1993, p.3-11). Conseqüentemente concluímos que apenas o princípio da economia lingüística não pode explicar o comportamento desse fenômeno. |
||
Instituição de fomento: CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Variação Lingüística; Concordância Verbal; Paralelismo Formal. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |