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E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 2. Nutrição e Alimentação Animal | ||
CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE ALBUMINA E PROTEÍNAS TOTAIS EM OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO SUBPRODUTO DE ACEROLA (Malpighia glabra) EM NÍVEIS CRESCENTES | ||
Joaquim Bezerra Costa 1 (jbezerracosta@yahoo.com.br), Marcos Cláudio Pinheiro Rogério 1, Iran Borges 2, José Neuman Miranda Neiva 3, José Carlos Machado Pimentel 4, Eloisa de Oliveira Simões Saliba 2, 5, Francisco Canindé de Sousa Nunes 5, Roberto Ferreira Carvalho 5, Sueli Freitas dos Santos 1 e Suelem Zíngara Roza de Oliveira 1 | ||
(1. Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA; 2. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; 3. Universidade Federal de Tocantins - UFT; 4. EMBRAPA Agroindústria Tropical; 5. Universidade Federal do Ceará - UFC) | ||
INTRODUÇÃO:
A análise de proteínas totais e albumina séricas contribui para o conhecimento da absorção principalmente dos constituintes da fração B1 que representa a proteína verdadeira rapidamente degradável no rúmen. Esta fração antes de ser absorvida pode ainda fornecer peptídeos para os microrganismos que degradam carboidratos não fibrosos. A mensuração do total de proteínas reflete uma combinação entre a albumina e as globulinas. Baixos níveis de proteína dietética resulta em aumento nos níveis de aminoácidos como glutamato, glutamina, leucina, glicina e isoleucina no plasma. O presente trabalho teve como objetivo avaliar os níveis séricos de albumina e proteínas totais do líquido ruminal de ovinos em terminação, que receberam dieta composta de capim elefante, milho, torta de algodão e níveis crescentes de subproduto de acerola. |
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METODOLOGIA:
Foram utilizados 20 cordeiros machos e inteiros com sete meses de idade e peso vivo médio de 29 kg. Os tratamentos consistiram de subproduto agroindustrial de acerola composto basicamente de cascas e sementes, secas ao sol, em níveis crescentes (zero, 12, 29 e 43 %), em relação a dietas compostas de capim elefante in natura, milho e torta de algodão. Os ovinos utilizados foram pesados no início do experimento e alojados em gaiolas metabólicas. O período de adaptação dos animais às dietas e às gaiolas foi de 17 dias, logo ao final desse, realizou-se a colheita de sangue, por punção da veia jugular, para as determinações dos níveis séricos de albumina e proteínas totais, em quatro tempos pré-estabelecidos (zero, duas, cinco e oito horas pós-prandial). Água e sal mineralizado estiveram disponíveis à vontade. As dosagens de albumina e proteínas totais foram realizadas a partir da utilização de kits Bioclin®. Os parâmetros foram analisados para cada tratamento experimental através de um delineamento em blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas as dietas e nas sub-parcelas os tempos de colheita com cinco repetições. As médias foram comparadas pelo teste SNK (P<0,05) empregando-se o software SAEG versão 8.0. |
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RESULTADOS:
Para a concentração sérica de albumina a interação tempo de colheita versus dietas experimentais não foi significativa. Entre os horários, maior concentração foi encontrada para o jejum e para a quinta hora pós-prandial em relação à segunda hora pós-prandial e, para ambas, foi encontrada semelhança com a concentração encontrada na oitava hora pós-prandial. Entre os tratamentos experimentais, não houve diferenças entre os tempos de colheita analisados. Para a albumina os valores normais segundo a literatura para ovinos encontram-se entre 2,4 e 3,9 g/ 100 ml. Todos os valores estiveram dentro da normalidade (P<0,05). Analisando os níveis séricos de proteínas totais a interação tempo de colheita versus dietas experimentais não foi significativa (P>0,05). Para os tempos de colheita, maiores concentrações foram encontradas para a 2a e 5a hora pós-prandial. Entre as dietas experimentais, não houve diferenças significativas. De acordo com a literatura, níveis séricos normais de proteínas totais situam-se entre 6 e 7,9 g/ 100 ml. Com exceção do tempo dois do tratamento 29% (6,25 g/100ml) os demais valores não estiveram dentro da faixa de normalidade. Isto pode indicar baixo suprimento protéico ou mesmo indisponibilização da proteína fornecida na dieta. |
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CONCLUSÕES:
O resíduo de acerola apresenta restrições quanto à sua utilização na alimentação de ruminantes. |
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Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa, Banco do Nordeste, UVA | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: frutas; nutrição; proteína. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |