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D. Ciências da Saúde - 8. Fisioterapia e Terapia Ocupacional - 1. Fisioterapia e Terapia Ocupacional
QUALIDADE DE VIDA EM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO PULMONAR
Éllen Betina Henn 1 (ellentubi@yahoo.com.br), Cíntia Becker 1, Tatiana Görgen 1, Fernanda Cardoso Fischer 1, Adriana Hamid 1, Tania Cristina Fleig 1 e Andréa Lúcia Gonçalves da Silva 1
(1. Departamento de Educação Física e Saúde, Universidade de Santa Cruz do Sul-UNISC)
INTRODUÇÃO:
Qualidade de Vida (QV) pode ser definida como "a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais vive e a relação disto com seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações" (DANTAS et al, 2003). Pode ser entendida, do ponto de vista prático, como a quantificação do impacto da doença na vida diária e no bem-estar do paciente. Qualidade de vida envolve função física, bem-estar emocional, função social, além de satisfação com a vida e autopercepção de saúde. Em pacientes portadores de doença respiratória crônica, como doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a melhoria da qualidade de vida tem se tornado um fator essencial na avaliação da efetividade do programa de Reabilitação Pulmonar. Para aferir qualidade de vida utilizam-se questionários, com entrevistas ou auto-aplicáveis, nos quais são direcionadas questões inerentes ao paciente em relação a seu estado de saúde geral, ao impacto da doença respiratória em sua vida e ao seu estado funcional (RODRIGUES, 2003). Tratando-se de um conceito subjetivo e dinâmico, sua avaliação deve ser feita pelo próprio paciente e ser sensível a mudanças ao longo do tempo.
METODOLOGIA:
No programa de Reabilitação Pulmonar, que está em andamento em um hospital de Santa Cruz do Sul, que ocorre três vezes por semana, num período de oito semanas consecutivas, avaliamos a Qualidade de Vida dos pacientes através do Questionário de Qualidade de Vida do Hospital Saint George (SGRQ), por este ser um fidedigno instrumento que pode medir o que a doença está representando na vida desses pacientes. O SGRQ é um questionário auto-admnistrado, compõe-se de três partes (sintomas, atividades e impacto da doença), e a resposta leva em torno de 12 minutos.O questionário foi aplicado pelo mesmo avaliador antes do início e após o término do programa, e os resultados foram comparados.
RESULTADOS:
De acordo com os resultados encontrados nos questionários aplicados em nosso programa, verificamos melhora significativa na qualidade de vida, quando comparando os resultados pré e pós programa. Sendo assim, observa-se que vários são os fatores que podem interferir na QV de pacientes portadores de DPOC, e através de um Programa de Reabilitação Pulmonar, podemos obter melhoras significativas nesses índices, cumprindo nosso objetivo nesta doença. Em pacientes com DPOC grave, a qualidade de vida não tem uma correlação tão boa com a prova espirométrica, quanto a que apresenta à aferição da dispnéia por meio de escalas ou com o teste de caminhada de seis minutos. Estes são melhores indicadores da qualidade de vida que o FEV1 (volume expiratório ao final de um segundo) obtido através da espirometria. A melhora da força muscular periférica e respiratória, da tolerância ao exercício e do IMC relacionam-se com a melhora da QV em pacientes com DPOC. Ainda, a idade e aspectos psicológicos como ansiedade e depressão são outros fatores que têm sido associados à QV.
CONCLUSÕES:
De acordo com os dados mencionados, pudemos observar que vários são os fatores que podem interferir na QV de pacientes portadores de DPOC, e através de um Programa de Reabilitação Pulmonar, podemos obter melhoras significativas nesses índices, cumprindo nosso objetivo nesta doença.
Instituição de fomento: Universidade de Santa Cruz do SUl -UNISC
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Qualidade de Vida; Reabilitação Pulmonar; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005