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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
A INCIDÊNCIA DA PARALISIA FLÁCIDA AGUDA DEVIDO À ESQUISTOSSOMOSE EM SERGIPE/2004
Liliane Almeida Santos 1 (lili_enf@infonet.com.br), Fabíola Joca 1, Juliana Lopez 1, Karla Teles 1 e Claudia Moura Melo 2
(1. Graduanda de Enfermagem da Área de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Tiradentes - UNIT; 2. Doutora em Parasitologia, Professora do Curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes - UNIT)
INTRODUÇÃO:
A Paralisia Flácida Aguda é uma patologia ocasionada pela esquistossomose não tratada ou tratada tardiamente, que pode comprometer órgãos vitais, deixando seqüelas ou levando a óbito. O diagnóstico desta patologia é difícil, podendo ser confundido com o de outras etiologias. Este estudo teve como objetivo determinar a ocorrência de Paralisia Flácida Aguda devido à esquistossomose no Estado de Sergipe durante o ano de 2004, analisando parâmetros tais como gênero, idade e principais sintomas.
METODOLOGIA:
Foi realizada a coleta de dados na Secretaria Estadual de Saúde em Aracaju/SE, durante o ano de 2004, na busca de pacientes com Paralisia Flácida Aguda devido a esquistossomose. Os dados foram analisados com base no referencial literário sobre o tema.
RESULTADOS:
A prevalência da esquistossomose mantém-se alta nos estados nordestinos, desde a Bahia até o Piauí. A magnitude da prevalência da esquistossomose e a severidade das formas clínicas complicadas confere a esta endemia uma grande transcendência. A ocorrência de PFA, devido à esquistossomose em Sergipe, foi de 10 casos. Os pacientes diagnosticados com Paralisia Flácida Aguda estavam na faixa etária de 0 a 15 anos, sendo que a maioria era proveniente do interior. Os pacientes do gênero masculino (60%) foram predominantes. Entre os sintomas mais freqüentes, 100% dos pacientes apresentaram mal-estar, diarréia, dores musculares, falta de apetite, 60% emagreceram, 50% apresentaram diarréia mucosanguinolenta e 10% esplenomegalia, ascite, cirrose hepática, proteinúria, hepatite, insuficiência cardíaca, comprometimento de junção neuromuscular, miopatia e reflexos diminuídos. Entre os pacientes diagnosticados com Paralisia Flácida, os sintomas neurais não eram tão evidentes. Quando presentes, os mais comuns foram a paraplegia, neuropatia periférica e lesão do nervo ciático.
CONCLUSÕES:
A Paralisia Flácida Aguda é uma patologia rara, no entanto, no Estado de Sergipe, somente durante o ano de 2004, foram notificados 10 casos. Os resultados possibilitaram inferir uma alta prevalência da esquistossomose no Estado. A Paralisia Flácida Aguda, apesar de não acometer um grande número de pessoas, é muito preocupante, devido aos seus sintomas clínicos, dificilmente diagnosticados por causa da semelhança com as outras etiologias. Há necessidade da realização de um exame de fezes para diferenciar a causa desta patologia, se devido a esquistossomose ou poliomielite. Em áreas endêmicas de esquistossomose, observa-se também a diminuição da intensidade e da incidência em idosos, quando comparada a faixas etárias mais jovens.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  profissionais de enfermagem; esquistossomose; paralisia flácida aguda.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005