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| D. Ciências da Saúde - 4. Odontologia - 2. Clínica Odontológica | ||
| A PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE NAS CLÍNICAS DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO ODONTOLÓGICO (IEOs) | ||
| Gracielle Rodrigues Tavares 1 (gracielle_tavares@yahoo.com.br), Giannina Soares Taveira 1, Luís Veras Neto 1 e Wilton Wilney Nascimento Padilha 1 | ||
| (1. Depto. de Clínica e Odontologia Social, Universidade Federal da Paraíba, UFPB) | ||
| INTRODUÇÃO:
A Clínica Integrada é uma disciplina relativamente nova nos currículos de Odontologia e objetiva a formação de um cirurgião dentista generalista, uma vez que, ao final do curso, reúne todas as disciplinas já vistas promovendo uma integração destas. Desta forma, os futuros profissionais estarão aptos para desenvolver planos de tratamentos compatíveis com as realidades culturais, sociais e econômicas dos pacientes, respeitando seus anseios e seu estado geral de saúde. As Instituições de Ensino Odontológico (IEOs) devem formar o cirurgião dentista voltado para o sistema de saúde vigente no país, enfocando a participação da comunidade no sistema de ensino, atuando desde seu próprio tratamento até o planejamento das atividades da clínica. Na literatura, poucas pesquisas sobre a participação dos pacientes nas clinicas de ensino foram encontradas. A participação, quando existe, é pequena e pouco regulamentada. O objetivo deste trabalho foi identificar e descrever a freqüência e o modo da participação da comunidade na organização das clínicas de ensino de odontologia |
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| METODOLOGIA:
Foi utilizada uma abordagem indutiva, com procedimento comparativo-estatístico. A técnica de pesquisa foi a observação direta extensiva, por meio de questionário. O universo de estudo foi composto por diretores e/ou coordenadores de Curso de Odontologia reconhecidos pelo MEC, sendo componentes da amostra 36 (27%) universidades. Utilizou-se um questionário com questões mistas, enviadas via correio, juntamente com o termo de consentimento, em primeira fase a toda a amostra e em segunda fase à parte da amostra cuja resposta não chegou até nós. |
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| RESULTADOS:
Os resultado indicaram: (a) a participação dos pacientes em atividades das clínicas de ensino foi encontrada em 7 IEOs (20,6%); (b) entre aquelas (7) IEOs que registraram a participação, em 3 (42,8%) a forma foi o questionário ou pesquisas internas e outras 3 (42,8%) a participação foi no planejamento do tratamento; (c) a atribuição de resolver problemas no atendimento e/ou relacionamento dos pacientes com alunos/ professores surgidos nas clínicas, foi indicada pela maioria das IEOs (17), aos professores responsáveis pelas disciplinas, enquanto 11 IEOs afirmaram possuir um órgão administrativo específico para solucionar tais problemas; (d) os componentes desse órgão foram variados nas diferentes Instituições (professores, alunos, serventes, assistente social, curso de Psicologia), sendo a comunidade citada em 2 IEOs (18,2%); (e) quanto às principais atribuições deste órgão: em 6 IEOs atua na relação/ integração entre alunos e pacientes; interfere na bioética/ biosssegurança em 3 IEOs; e em 4 IEOs, orienta os pacientes no tratamento. |
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| CONCLUSÕES:
A partir do trabalho realizado, pode-se concluir que a participação da comunidade ocorre num pequeno percentual nas clínica das IEOs. No entanto, esta participação, por ser inovadora, indica o início da mudança no modelo de ensino/ prestação de serviço nestas instituições, contribuindo para a melhora tanto da formação do cirurgião-dentista como da saúde da comunidade por eles atendida. Nas instituições onde a comunidade participa das atividades da clínica, observa-se que essa participação se dá em poucas instâncias, que pouco influencia nas atividades e muitas vezes nem no próprio tratamento. Nas IEOs que possuem um órgão especifico atuando nas relações aluno/professor/paciente, este não é adequadamente regulamentado. Por tanto para que tenhamos uma odontologia mais compromissada com o bem-estar do cidadão sugere-se a criação de um órgão orientador para as atividades realizadas nas clínicas de ensino odontológico, e aponta-se a necessidade de desenvolver normas e diretrizes em nível nacional que sirvam de modelo para as instituições que possuam um Comitê de Ética Clínica. |
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| Instituição de fomento: CNPq/UFPB/PIBIC | ||
| Trabalho de Iniciação Científica | ||
| Palavras-chave: clínicas odontológicas; participação da comunidade; ética clínica. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |