|
||
C. Ciências Biológicas - 7. Fisiologia - 4. Fisiopatologia Celular | ||
AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE SUBAGUDA DO HIDROLATO DE ALECRIM PIMENTA (Lippia sidoides CHAM.) EM RATOS WISTAR | ||
André Saraiva Leão Marcelo Antunes 1 (fantunes@ufc.br), Ana Fontenele Urano Carvalho 1, Paulo Michel Pinheiro Ferreira 1, Davi Felipe Farias 1 e Maria Goretti Rodrigues de Queiroz 2 | ||
(1. Departamento de Biologia, Universidade Federal do Ceará - UFC; 2. Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Universidade Federal do Ceará - UFC) | ||
INTRODUÇÃO:
Óleos essenciais são substâncias naturais voláteis oriundos do metabolismo secundário de uma variedade de plantas, que quando extraídos são obtidos como uma mistura de vários compostos. O óleo essencial de Lippia sidoides é extraído através de destilação por arraste a vapor da parte aérea das plantas. Juntamente com o óleo é obtido, com um rendimento muito superior, um co-destilado aquoso que é chamado de hidrolato. A utilização pelo homem do óleo essencial de L. sidoides para fins assépticos devido à sua ação bactericida e medicinal, principalmente contra problemas respiratórios, já é comum. Recentemente foi comprovada a eficácia do óleo e seu hidrolato como larvicida contra Aedes aegypti (Carvalho et al., 2003). Esse fato é muito relevante, uma vez que não existe vacina contra a dengue, sendo, portanto, o combate ao inseto vetor a melhor maneira de prevenir a doença. Este trabalho se propôs a testar a toxicidade subaguda do hidrolato em ratos machos em crescimento, visando uma utilização segura dessa substância em caixas d’água e em outros reservatórios como uma alternativa no combate ao mosquito vetor da dengue. |
||
METODOLOGIA:
Ratos Wistar machos (n=7) com 21 dias de idade (desmamados) foram divididos em dois grupos. Os animais do grupo I foram mantidos como controle, bebendo água da torneira e os do grupo II receberam hidrolato diluído 1:10, concentração esta capaz de causar uma mortalidade de 100% em larvas de A. aegypti após 24 h de exposição. Ambos os grupos alimentaram-se com uma dieta comercial. Durante 4 semanas, os ratos foram monitorados quanto ao ganho de peso e o consumo de líquidos a cada 7 dias. Coletas de sangue foram realizadas no início do experimento e após 30 dias para quantificação das enzimas AST(aspartato amino-transferase), ALT(alanina amino-transferase) e FA (fosfatase alcalina), de acordo com as instruções do fabricante do kit do ensaio fotocolorimétrico (Labtest, São Paulo). |
||
RESULTADOS:
Os resultados mostraram que não houve diferença significativa no ganho de peso corpóreo entre o grupo de animais que consumiu água e aquele que consumiu o hidrolato (p>0,05). Da mesma forma, os níveis séricos das enzimas AST, ALT e FA, medidos no início e no final do experimento, no grupo controle e experimental, não variaram significativamente (p> 0,05). Os níveis séricos iniciais para as enzimas do grupo controle foram, respectivamente, 73,98 ± 10,57; 31,79 ± 7,20 e 139,93 ± 30,04 (AST, ALT e FA), enquanto os valores finais foram 76,67 ± 9,70; 34,75 ± 5,01 e 124,66 ± 50,73. Já os níveis séricos iniciais das enzimas do grupo experimental foram respectivamente 72,39 ± 32,82; 21,34 ± 9,97 e 65,58 ± 9,61 (AST, ALT e FA), enquanto os valores finais dessas enzimas foram 69,84 ± 11,68; 19,30 ± 5,47 e 78,64 ± 26,17. |
||
CONCLUSÕES:
Assim, os resultados sugerem que a ingestão do hidrolato durante um mês não é suficiente para causar danos hepáticos ou interferir com o desenvolvimento dos animais. |
||
Instituição de fomento: CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Larvicida; Toxicidade; Lippia sidoides. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |