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B. Engenharias - 1. Engenharia - 9. Engenharia Mecânica
ESTUDO DAS MICROESTRUTURAS DE CORDÕES DE SOLDAS DE REVESTIMENTO PROTEGIDAS COM ARGÔNIO PURO E ARGÔNIO+2%O2.
Álan Souza da Silva 1 (alanmec@click21.com.br), Frank Leslie Perez Quintana 1, Fábio Luis Castro Marinho 1, Alderi Pantoja Fernandes 1, Thiago da Silva Barrozo 1, José Tavares Machado Neto 1, Eduardo de Magalhães Braga 1, Arildoma Lobato Peixoto 1, Nelson Belo Mendonça 1 e Cláudio Alves de Siqueira Filho 1
(1. Depto. de Engenharia Mecânica, Universidade Federal do Pará - UFPA)
INTRODUÇÃO:
A soldagem de revestimento é uma técnica muito empregada para aumentar ou melhorar a vida útil de componentes. Dentre os materiais de deposições utilizados contra ataques corrosivos, destaca-se os aços inoxidáveis, que possuem uma elevada resistência ao desgaste por abrasão, oxidação ou corrosão. O revestimento é geralmente realizado através de processos por fusão metálica, aceitos nas indústrias devido à sua versatilidade. Neste trabalho o processo de fusão selecionado é o MIG (Metal Inert Gas) pulsado, tal processo é um dos mais utilizados nesta prática, através deste obtém-se cordões largos, com reforço considerável e pouca penetração, o que torna possível a redução no tempo de manutenção e no número de passes necessários. A ampla possibilidade de condições operacionais em processos de soldagem tem como decorrência direta, a geração de uma diversidade de estruturas de solidificação. Parâmetros estruturais como espaçamentos dendríticos são bastante influenciados pelo comportamento térmico do sistema de soldabilidade durante a solidificação, impondo conseqüentemente, uma correlação estreita entre este e as microestruturas resultantes em função da variação da proteção gasosa de argônio puro e o argônio com 2% de O2, mantendo os demais parâmetros constantes.
METODOLOGIA:
Cordões de solda de revestimento foram depositados na posição plana sobre chapas de aço inoxidável AISI 304 com dimensões 200 x 90 x 5 mm utilizando o processo MIG pulsado. Para a soldagem foi utilizada uma fonte de potência automatizada, tendo como consumível o arame da classe AWS ER309L com diâmetro de 1,2 mm. Os parâmetros de pulsação e a velocidade de soldagem (30 cm/min) foram mantidos constantes e alterou-se o gás de proteção, que foi utilizado na vazão de 15 l/h. Primeiramente foi utilizada a mistura gasosa de argônio com 2% de O2, sendo em seguida aplicada a proteção gasosa de argônio puro. Após a superfície da seção transversal das amostras terem sido preparadas segundo os padrões metalográficos, as mesmas foram atacadas com o reagente Marble, onde foi possível avaliar o espaçamento dendrítico secundário. As microestruturas foram observadas através de um microscópio óptico LEICA 500C com aumento de até 500 vezes.
RESULTADOS:
O espaçamento secundário mostrou-se maior nos cordões com proteção gasosa de Argônio com 2% de O2 do que no Argônio puro. Observou-se que nos centros dos cordões apresentam espaçamentos dendríticos maiores quando comparados com suas laterais.
CONCLUSÕES:
Assim, foram encontrados bons resultados, já que a soldagem obteve uma grande estabilidade no arco, ausência de salpicagem e como produto final, cordões com características desejadas. A microestrutura encontrada mostrou-se mais refinada nos cordões depositados com argônio puro, que pode considerar-se como melhores para aplicação na técnica de revestimento do que nos cordões feitos a argônio com 2% de O2. Apesar da literatura recomendar soldagem de aços inoxidáveis com uma tolerável quantia de oxidante, foram encontrados na soldagem com argônio puro características positivas.
Instituição de fomento: Cnpq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  Soldagem de revestimento; MIG pulsado; Microestrutura.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005