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F. Ciências Sociais Aplicadas - 5. Arquitetura e Urbanismo - 4. Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo | ||
A INFLUÊNCIA DE DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE PROTETORES SOLARES NA ILUMINAÇÃO NATURAL DE SALAS DE AULA NO MUNICÍPIO DE MACEIÓ | ||
Evelise Leite Didoné 1 (evelisedidone@yahoo.com.br), Leonardo Salazar Bittencourt 1, Thalianne de Andrade Leal 1, Isabela Cristina Passos 1 e Fernando Antônio Martins Sá 1 | ||
(1. Depto. de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Alagoas - UFAL.) | ||
INTRODUÇÃO:
O adequado uso da energia elétrica apresenta-se como estratégia fundamental a ser incorporada ao projeto de edificações, com a finalidade de evitar desperdícios e aumentar a eficiência energética em diversos setores da economia nacional. A utilização de tecnologias construtivas e padrões arquitetônicos adequados ao meio ambiente constitui em aspecto fundamental associado a esse problema. No caso das edificações escolares típicas encontradas em Maceió, o potencial da iluminação natural em salas de aula não é explorado de modo satisfatório, induzindo ao uso da iluminação artificial. As aberturas encontram-se desprovidas de dispositivos de proteção solar que obstruam a entrada da radiação solar direta nos espaços interiores, gerando ganhos térmicos indesejáveis. Esse trabalho tem como objetivo principal a investigação do desempenho luminoso de salas de aula dotadas de protetores solares, avaliando-se o impacto desses dispositivos nos níveis de iluminação natural nos ambientes internos. Os protetores solares são componentes arquitetônicos de particular riqueza bioclimática e plástica, cujo pleno potencial de uso ainda é pouco conhecido. |
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METODOLOGIA:
A metodologia se baseou na avaliação dos coeficientes de luz diurna obtidos em pontos específicos de uma grelha de cálculo localizada no interior das salas de aula. As simulações foram desenvolvidas considerando uma tipologia de sala de aula típica da cidade de Maceió-AL, medindo 6m x 6m, com pé direito de 3m. A sala possui uma abertura para o exterior com 2m de altura, 3m de largura e peitoril de 1m. Como ferramenta utilizou-se um programa computacional que desenvolve simulações de iluminação natural e artificial, apresentando resultados na forma de curvas isolux e renderizações. Foram analisadas salas protegidas por brises horizontais com apoio vertical, com dimensões de 0,50m e 0,30m e inclinação de 45º. A grelha de cálculo foi posicionada no plano das carteiras escolares a 0,70m do chão. Em relação ao ambiente, foram examinados os efeitos das diversas configurações do protetor solar, bem como os efeitos produzidos pelas refletâncias de suas superfícies (0,8 e 0,6), mantendo-se as refletividades internas das salas fixadas em 0,8 para teto e paredes e 0,5 para o piso. Foi definido um período do dia e do ano, a partir do qual a radiação solar deveria ser obstruída, o que foi materializado através da construção de uma máscara de sombra para a fachada leste. Considerou-se os períodos do solstício de verão, solstício de inverno e equinócios, o horário de 9h e 12h e condição de céu parcialmente nublado. |
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RESULTADOS:
Os resultados das simulações foram apresentados sob a forma de coeficientes de luz diurna (C.L.D.), curvas isolux e renderizações, o que propiciou a visualização e as análises dos parâmetros avaliados. Dessa maneira, foram identificadas as combinações satisfatórias e aquelas que apresentam condições deficientes no nível de iluminação no interior do ambiente. A investigação mostrou que os protetores solares podem funcionar como anteparos para a radiação direta no interior das salas de aulas, diminuindo o contraste de luminosidade entre a faixa próxima à janela e o fundo da sala e aumentando a uniformidade luminosa no seu interior. |
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CONCLUSÕES:
Analisando os protetores solares, pode-se verificar que os espaçamentos entre eles influenciam tanto na distribuição da luz no interior do ambiente quanto na intensidade. Dessa forma, percebe-se que os brises podem proteger os ambientes escolares, da radiação solar direta e funcionar como fonte de luz secundária, refletindo parte da radiação solar para o interior das construções, sem prejudicar o conforto visual dos discentes. |
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Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/ CNPq | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: protetores solares; ambientes escolares; conforto luminoso. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |