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F. Ciências Sociais Aplicadas - 1. Gestão e Administração - 9. Gestão e Administração | ||
A CAPACIDADE DA AUTO ADMINISTRAÇÃO EM TEMPOS DA CONTEMPORANEIDADE | ||
Anderson Esteves da Silva 1, 2, 3 (andersonestevesfiuza@ibest.com.br), Darcileni Lima Fiúza 3 e Gerlimara Paulo Araújo 1 | ||
(1. Universidade Estadual Norte Fluminense; 2. Centro Federal de Ensino Tecnológico - Campos; 3. Universidade Federal Fluminense) | ||
INTRODUÇÃO:
Diante do contexto atual, onde a dificuldade financeira se faz presente na vida dos indivíduos, nos defrontamos com uma dúvida: Será que é possível melhorar a situação financeira destes? Como? Diante desta indagação elaboramos este projeto, que teve o intuito de pesquisar as várias formas de administração pessoal e, através das fontes recolhidas e parcerias firmadas, fazer estudo, formular regras e normas para uma auto-gestão bem sucedida, refletindo na situação financeira dos pesquisandos. Através do projeto, fundamentamos num primeiro momento uma fórmula básica de estudo a ser desenvolvido, após estruturarmos esta fórmula, entramos na 2ª etapa, momento designado como: auxílio aos voluntários; podendo re-pesquisar a fórmula desenvolvida, em contrapartida ajudando aos voluntários a reconhecerem a melhor forma de administrar a sua remuneração. A avaliação da forma de administração envolve consumo seletivo, responsabilidade social, solidariedade e inteligência emocional. Tornando todos os conhecedores do projeto como multiplicadores e criadores de novas estratégias. O projeto envolve uma das forças vitais mais contextualizada no capitalismo: o salário. Com o salário que recebem, muitos indivíduos não conquistam sua satisfação, principalmente, sua tranqüilidade psico-social (qualidade de vida). As dificuldades sócio-econômicas estão em alta nos últimos anos, e nós apresentamos uma alternativa para tentar minimizar esta problemática. O desafio foi grande, mas a recompensa será melhor ainda. |
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METODOLOGIA:
O projeto envolveu 40 pessoas de diferentes classes sociais ou patamares econômicos, este número foi reduzido a 28. A justificativa da evasão foi à falta de vontade para prosseguir dentro das ideologias adquiridas pela pesquisa, e o desemprego já que este era pré-requisito para participar deste conhecimento. Os participantes souberam do projeto através de entrevista na Rádio 97 FM e cartazes informativos nas universidades públicas da região. Executamos este trabalho no espaço físico do CEFET-Campos, onde a parceria consistiu na contrapartida de 6 vagas para alunos da mesma. O objetivo da primeira etapa foi aplicar o feedback em encontros e observar os métodos de auto-administração utilizados pelos voluntários, identificar os pontos negativos e positivos em cada método, e de que maneira eles surgiram. Na segunda etapa, através de pesquisas, construímos uma fórmula de aplicação de auto-gestão, e a colocamos em prática testando seus prós e contras. Esta etapa terminou quando a fórmula encontrada teve 100 % de aproveitamento pelos participantes. Nos encontros, resumidamente citando, houve entrevistas individuais e coletivas, dinâmicas e relatórios pessoais. Foram feitas visitas domiciliares com o intuito de conscientizar a família e a comunidade sobre diversos temas, entre eles: consumo seletivo, solidariedade, cuidado e responsabilidade social. O projeto encerrou com catalogação da experiência em monografia e futuramente em alguns artigos científicos. |
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RESULTADOS:
Muitas pesquisas externas foram feitas, mas nenhuma conseguia suprir às necessidades de nossa ideologia. A pesquisa nos livros nos fez perceber que nossa idéia era inovadora, pois as estratégias encontradas para administrar não tinham o diferencial proposto em nossa pesquisa. Vivenciar os pesquisandos e seus gastos diariamente foram além de nosso método, foi uma vitória para os mesmos. Nossa primeira conquista foi conseguir reunir todos os gastos financeiros, desde consumos mais básicos até os supérfluos, em 10 campos econômicos. Estudamos todos os coeficientes que intervinham no salário do pesquisando e assim atuamos no reconhecimento da auto realidade e contribuímos com sinergia para que cada um deles, primeiramente, se aceitasse e depois aprendessem a sistematizar os seus gastos. Nosso público era, em sua maioria, de renda per capita de R$ 100,00 a R$ 280,00; 75 % de mulheres, 57 % de solteiros e 46 % de chefes do lar. E ainda assim foi classificado como consumista. Por exemplo, calçados e vestuário ocupavam 14,5 % do seu salário e a porcentagem média em despesa era de 22 %. A queda da quantidade de participantes com o orçamento em vermelho foi de 75 %, desde Junho de 2004 até Janeiro de 2005. Um fato importante também detectado foi que, a comunidade é altamente consumista. O grande diferencial foi identificado: um dos campos econômicos fez o salário aumentar mensalmente um pesquisando que iniciou o projeto com o salário de R$ 400,00, hoje, pode contar com um salário de R$ 2.000,00. Simplesmente é a sistematização contínua. |
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CONCLUSÕES:
Todos os resultados obtidos pelo projeto foram construídos pelos participantes e pelo autor. Onde o feedback foi constante e positivo. A idéia de apoiar um projeto de extensão com tantos valores transformadores é de brilhante iniciativa, tendo como intuito contribuir para que possamos viver em uma sociedade mais justa, solidária e igualitária. Mostrar aos indivíduos que melhorar sua qualidade de vida depende diretamente da mudança de hábitos, da quebra de paradigmas, da consciência do consumo seletivo e da responsabilidade social, e principalmente, da sistematização de seu orçamento mensal, é um desafio, mas podemos colher grandes resultados positivos, não só individuais, mas, sobretudo coletivos. |
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Instituição de fomento: Universidade Estadual Norte Fluminense e Centro Federal de Ensino Tecnológico de Campos | ||
Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Auto Gestão; Quebra de Paradigmas; Consumo Seletivo. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |