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F. Ciências Sociais Aplicadas - 2. Economia - 9. Métodos Quantitativos em Economia | ||
INSTABILIDADE DAS RECEITAS DE EXPORTAÇÕES,
UMA EVIDÊNCIA EMPÍRICA PARA OS ESTADOS DO NORDESTE E PARA O NORDESTE COMO REGIÃO. |
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Agnaldo Gomes da Silva 1 (Prof. Dr. / gomeco@uol.com.br) e Rafael Nóbrega de Oliveira Lucena 1 | ||
(1. Depto. de Economia, Universidade Federal de Alagoas - UFAL) | ||
INTRODUÇÃO:
De acordo com a teoria econômica há uma relação significativa entre o ICP (índice de concentração por produto) o ICD (índice de concentração por mercado) e o índice de instabilidade das receitas de exportações (I). Esta relação foi estudada por autores como: James Love (1979), Massel (1964), MacBean (1966), Kingston(1976), Abebe Tegegne(1991) entre outros, onde se mostra que o índice de instabilidade dos ganhos de exportações (I) é uma função do ICP e do ICD. Desta forma, objetivo geral desta pesquisa é testar esta relação para os estados do nordeste e para o nordeste como um todo, bem como a relação dos mesmos com as taxas de crescimento do PIB, pois quanto maior estes índices(ICP e ICD) mais sensíveis se tornam as receitas de exportações com relação a flutuações de demanda e da renda externa, fazendo com que a renda interna sofra os efeitos multiplicadores devido a variações no volume de mercadorias exportadas. |
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METODOLOGIA:
Para medir concentração por produto e por mercado, são utilizados os coeficientes de Gini-Hirschman: o ICP e o ICD respectivamente. Os mesmos foram calculados com base nos dados do sistema ALICE/MDIC cuja agregação obedeceu a nomenclatura comum do mercosul (NCM), a dois dígitos, a partir de 1989. O índice de instabilidade escolhido para mensurar as flutuações das receitas de exportações é calculado de acordo com a metodologia de James Love (1979) e Abebe Tegegne (1991). A análise dos dados é feita através de um estudo econométrico, procurando obedecer as hipóteses clássicas de regressão linear, para que os parâmetros estimados possuam variância mínima e que seus valores convirjam, assintoticamente, para seus valores reais na população. |
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RESULTADOS:
Para os estados do nordeste pôde-se observar que, quanto maiores os ICPs e os ICDs mais sensíveis se mostravam o volume das receitas de exportações a flutuações de demanda e de renda externa, e por conseqüência menores as taxas de crescimento do PIB, que foi o ocorrido no estado de Alagoas no período de 1989 à 2003. De um modo geral para os outros estados do nordeste que apresentaram níveis mais baixos de concentração, os ganhos de exportações mostraram-se menos sensíveis apresentando taxas de crescimento do PIB mais elevadas. |
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CONCLUSÕES:
Devido a fase atual de desenvolvimento da pesquisa referida, as conclusões parciais são a de que existe uma relação funcional estatisticamente significativa entre instabilidade dos ganhos de exportações e concentração geográfica e por produto repercutindo diretamente nas elasticidades das exportações. No caso de uma alta concentração, como no caso de Alagoas, uma fundamental medida seriam investimentos de longo prazo em outras potencialidades do estado não exploradas devidamente, como a piscicultura, cuja potencialidade climática e geográfica são favoráveis na região do Baixo São Francisco. Da mesma forma se dá para outros estados do nordeste que possuem altos índices de concentração como o estado de Pernambuco, onde, em 2002, 34,31% do volume de exportações estavam concentrados em Açúcares e derivados. Assim, as possíveis soluções tendem para os investimentos de longo prazo, que visem a diversificação da pauta de exportação, por meio de uma maior exploração das potencialidades locais e uma concentração de investimentos na produção de produtos cuja região possua vantagens comparativas. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Instabilidade; Exportações; Crescimento. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |