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| A. Ciências Exatas e da Terra - 6. Geociências - 3. Geografia Física | ||
| ESTUDO DA MÉDIA MENSAL DO ÍNDICE DE EROSÃO DA CARTA TOPOGRÁFICA DE PATOS DE MINAS -1978 à 2003 | ||
| Murillo Alves de Souza Reis 1 (bozocodo@yahoo.com.br), João Batista Pereira Cabral 1, Regina Maria Lopes 1, Danillo Vilela de Sousa 1 e Hildeu Ferreira da Assunção 1 | ||
| (1. Depto. Geografia, Campus Avançado de Jataí Universidade Federal de Jataí CAJ-UFG) | ||
| INTRODUÇÃO:
Os agentes erosivos são a capacidade potencial de precipitação e do vento de provocar um processo de erosão, que pode ser avaliada quantitativamente dentro de circunstâncias precisas. O estudo dos agentes que integram o favorecimento da erosão é de suma importância, uma vez que, para a elaboração de um projeto que visa à proteção contínua do solo, devem ser utilizadas pesquisas que abrangem de forma detalhada as capacidades e transformações específicas da terra. O processo erosivo pode destruir grandes áreas, impedindo a utilização do espaço degradado, que pode vir a dar lugar a catástrofes ambientais, como um exemplo, a voçoroca. Neste trabalho, objetivou-se a montagem de um banco de dados sobre erosividade em diferentes localidades situadas na carta topográfica de Patos de Minas, entre o período de 1978 a 2003. |
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| METODOLOGIA:
A área de estudo localiza-se entre as coordenadas 18º e 19° de latitude sul e 46°30’ e 48° de longitude oeste. Foram utilizados dados históricos de 26 anos, referente a 13 Postos Pluviométricos em diferentes altitudes, obtidos junto a Agencia Nacional da Água (ANA). Do somatório diário, foi constituída a precipitação mensal referentes aos 12 meses do ano, e de forma igual foram obtidos os dados anuais. Para este estudo foram utilizado o método proposto por Bertoni & Lombardi Neto (1993) onde: EI30 = 67.355(r2/P)0,85, sendo: EI30 = média mensal do índice de erosão em MJ há-1 mm h-1 mês-1; r = precipitação média mensal em milímetros; P = precipitação media anual em milímetros. Os materiais utilizados são: Microsoft Excel, carta topográfica de Patos de Minas, dados pluviométricos de 13 estações. Com tabelas e dados a postos, é possível gerar-se mapas de isoietas e isoerodentes através de programas como o Surfer, Spring e Arcview. As análises estatísticas como, desvio padrão, média e coeficiente de variação, foram calculados conforme o método de LANNA (1993). As análises do período de retorno e da probabilidade de ocorrência das precipitações foram efetuadas, utilizando a lei da probabilidade logarítmica e a teoria dos valores extremos, indicados em SCHWAB et al. (1981). |
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| RESULTADOS:
Verificando o período de 26 anos através da coleta dos dados das 13 estações, tabulou-se o material de erosividade da referida carta, onde notou-se que a erosividade média anual para toda a carta foi de 8012.52 MJ há-1 mm h-1 mês-1. O posto pluviométrico Cascalho Rico deteve a maior índice médio anual de erosividade (9226,40 MJ há-1 mm h-1 mês-1), e o posto Guimarania o menor índice médio anual de erosividade (6969,62 MJ há-1 mm h-1 mês-1). 95,18% da erosividade verificada na área de estudo ocorre no período de outubro a março, demonstrando forte influencia da massa de ar tropical atlântica, onde as precipitações medias anuais mensais estão acima de 80mm. 4,82% da erosividades ocorre no período de estiagem (de abril a setembro), sendo fortemente influenciado pela massa equatorial continental e polar com índices médios mensais de precipitações abaixo de 80mm. O maior índice de retorno de erosividade encontra-se na estação de Cascalho Rico (27 anos), com uma probabilidade de 3,7%, com menor índice de retorno da erosividade na estação de Guimarania (2 anos), com probabilidade de 48,2%. |
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| CONCLUSÕES:
Conclui-se com o presente trabalho, que o maior índice de erosividade é o da estação Cascalho Rico com 9226,40 MJ há-1 mm h-1 mês-1. Com menor índice de erosividade aparece a estação de Gimarania com 6630,06 MJ há-1 mm h-1 mês-1. Conclui-se assim que na estação de Guimarania o retorno da erosividade é de 2 anos com probabilidade de retorno de 48,2%, diferente da estação Cascalho Rico que possui um retorno da erosividade para 27 anos com uma probabilidade de 3,7%. Os métodos aplicados demonstraram ser eficaz no estudo de erosividade. É notória que o processo erosivo tem grande colaboração ao que diz respeito à degradação ambiental proporcionada pela retirada da cobertura natural, acelerando o processo de assoreamento do reservatório de Emborcação. |
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| Palavras-chave: Erosividade; Pato de Minas; Banco de dados. | ||
| Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |