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D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 5. Enfermagem Pediátrica
ESTUDO RETROSPECTIVO DO PERFIL DE RECÉM-NASCIDOS COM PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL HOSPITALIZADOS EM UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE SAÚDE
Patricia Roberto Lima 1 (paticialima@vol.com.br), Edna Maria Camelo Chaves 1, Silvânia Maria Mendes Vasconcelos 1 e Lucilane Maria Sales da Silva 1
(1. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará; 2. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará; 3. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará; 4. Depto. de Enfermagem, Universidade Estadual do Ceará)
INTRODUÇÃO:
INTRODUÇÃO – A Persistência do Canal Arterial (PCA) é uma cardiopatia congênita que provoca o lançamento de sangue ao pulmão do recém-nascido, com riscos de infecção pulmonar e de prejuízo ao desenvolvimento deste. A ocorrência da PCA no período neonatal é uma alteração decorrente da transição inadequada da circulação do tipo fetal. Este tipo de complicação culmina com o prolongamento da ventilação mecânica e aumento do tempo de permanência do recém-nascido na unidade neonatal, pois é a causa mais comum de descompensação cardíaca, aumentando os custos hospitalares. Além disso, a ocorrência da PCA, em prematuros, contribui para o aparecimento de complicações como a displasia broncopulmonar, hemorragia pulmonar, enfisema intersticial, apnéia, hemorragia periventricular, enterocolite e retinopatia da prematuridade. O interesse pelo tema, surgiu de nossa prática cotidiana, quando observamos, que a grande maioria dos recém-nascidos prematuros, são propensos a ter uma PCA, e que necessitam de uma assistência especializada que deve ser prestada por uma equipe multiprofissional qualificada, além do aparato tecnológico com fins diagnósticos e terapêuticos. O objetivo deste estudo foi descrever o perfil dos recém-nascidos portadores de PCA de uma instituição pública de saúde. O estudo é relevante, pois os resultados possibilitam, aos profissionais de saúde, um melhor conhecimento dos recém-nascidos que apresentam PCA e ainda, permite a estes, fazerem correlações com o estado geral de saúde do bebê.
METODOLOGIA:
MÉTODOS: .Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, realizado em um hospital da rede pública de saúde, na cidade de Fortaleza-Ceará. Foram incluídos no estudo os recém-nascidos que apresentaram persistência de canal arterial, detectado através do exame clínico ou ecocardiográfico. A população foi composta por 1.104 recém-nascidos admitidos na unidade neonatal. A amostra foi composta por 35 de neonatos, que atenderam ao critério de inclusão, no período de janeiro a setembro de 2004. Os dados foram coletados através de um formulário. Utilizou-se os prontuários para coletar informações acerca da evolução clínica do recém-nascido. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da referida instituição. Os dados foram analisados e discutidos através da estatística descritiva utilizando o programa SPSS10_0. e foram apresentados por meio de gráficos e tabelas.
RESULTADOS:
RESULTADOS: dos 35 RNs 57,14%(20) eram do sexo feminino e 42,86%(15) do sexo masculino. Em relação à distribuição do peso 57,14% (20) pesavam entre 1001 a 1500g, sendo a média de 1.277,4g (min 625 e max 2565; dp=430,14). A idade gestacional mais freqüente foi os menores de 29 semanas 52% (13) sendo a média de 31,7 semanas (min 26,4 e max 35,5; dp= 1,9). Apesar da prematuridade 57,14% (20) nasceram de parto normal e 40% (14) nasceram de parto cesareano, isto é indicativo da evolução espontânea das fases do trabalho de parto. O diagnóstico de PCA foi dado em média por volta de 14 dias de vida ( min 01 e max 41 dias; dp=12). Destes 57,4% (20) tiveram seus canais fechados sem nenhuma intervenção farmacológica ou cirúrgica, sendo que este fato pode está associado as medidas terapêuticas gerais.
CONCLUSÕES:
CONCLUSÕES : Diante dos resultados podemos concluir que a maioria dos recém-nascidos, que apresentaram PCA neste serviço, era do sexo feminino, prematuro, nascido de parto normal. A PCA está diretamente relacionada com a prematuridade, ou seja, quanto menor for o peso e a idade gestacional maiores serão os riscos, devido ao retardo da passagem da circulação fetal para a neonatal, ocorrida neste período. O baixo peso ao nascer representa um dos problemas vivenciados dentro dos serviços de saúde, pois o tempo de permanência destes neonatos na unidade, aumentam os riscos relacionados à aquisição de infecções hospitalares, além dos custos que geram aos serviços de saúde.
Palavras-chave:  Recém-nascido; prematuro; canal arterial.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005