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C. Ciências Biológicas - 8. Genética - 3. Genética Humana e Médica | ||
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A RELAÇÃO COM ALGUMAS MORBIDADES EM INDIVÍDUOS ACIMA DE 50 ANOS NO PERÍMETRO URBANO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA | ||
Kleber Alves Gomes 1 (kleberbiologo@hotmail.com), Charles Neris Moreira 1, Suzana Meira Ribeiro 1, Marcio Alves de Matos 1 e Welber da Costa Pina 1 | ||
(1. Depto. de Ciências Naturais, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB.) | ||
INTRODUÇÃO:
As mudanças na composição corporal em decorrência do avanço da idade podem ser atribuídas a vários mecanismos fisiológicos, como por exemplo: a diminuição do nível de atividade física com o aumento da idade pode contribuir levar ao aumento do depósito de gordura corporal, segundo BEMBEN et. al. (1995). Estas alterações são mais intensas no mecanismo de regulação e ocorrem no período da idade de mudança (46-60 anos, classificação da Organização Mundial da Saúde - OMS), segundo WEINECK (1990), podendo estas serem relacionadas com o risco de desenvolvimento de desordens metabólicas e várias doenças. Tais riscos de morbidades associados ao envelhecimento pode ocorrer devido as alterações fisiológicas. As artérias (vasos sanguíneos que levam o sangue do coração para todo o corpo), estão mais endurecidas e estreitas (com maior teor de gordura e de cálcio), dificultando a circulação de sangue e causando aumento da pressão arterial; a capacidade de "bombear" o sangue está diminuída no coração do idoso, o que pode provocar problemas durante algum esforço físico com o qual o indivíduo não esteja habituado; o pâncreas produz menos insulina, aumentando a incidência de diabetes (aumento da glicose no sangue). O diabetes mellitus é considerado como uma das principais doenças crônicas que afetam o homem. O presente estudo tem como objetivo avaliar o Índice de Massa Corporal (IMC) e sua associação com morbidades tais como Diabetes, Hipertensão e Coronariopatia em adultos acima de 50 anos residentes no perímetro urbano de Vitória da Conquista - BA. |
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METODOLOGIA:
Para coleta dos dados, utilizou-se um questionário objetivo, segundo o qual os entrevistados respondiam oralmente as questões. A avaliação e classificação do IMC dividindo-se a massa em quilogramas pela altura em metros. A pesquisa foi feita nos Bairros Candeias, Brasil, Patagônia, São Vicente e Centro no município de Vitória da Conquista. Participaram da pesquisa 150 pessoas, com idade acima de 50 anos, sendo 82 homens e 68 mulheres. |
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RESULTADOS:
As morbidades incluíram as seguintes patologias: Diabetes mellitus, Hipertensão e Coronariopatia, esta última relacionada como doença cardíaca. Dos indivíduos entrevistados, cerca de 109 apresentaram algum tipo de morbidade, sendo observada uma maior incidência em homens do que em mulheres (61 e 48 indivíduos, respectivamente). Em relação a Hipertensão e Coronariopatia, não houve diferença significativa entre os sexos. Já em relação a Diabetes, a incidência foi maior em homens do que em mulheres, sendo muito mais significativa do que as outras morbidades. Para a análise de incidência do risco de Diabetes, Hipertensão e Coronariopatia entre homens e mulheres, utilizaram-se os critérios da National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES III), segundo o qual homens com IMC acima de 27,8 e mulheres acima de 27,3 apresentam um maior risco de incidência. Segundo os critérios da OMS, pode-se classificar os indivíduos de acordo com IMC como: magreza grave (IMC<16,0), magreza moderada (16,0-16,9), magreza leve (17,0-18,4), adequado (18,5-24,9), sobrepeso (25,0-29,9), obesidade I (30,0-39,9) e obesidade II (IMC > 40). Desses 121, cerca de 86,8% se encontravam com valores de IMC entre 18,5 e 29,9. Nenhum dos indivíduos apresentou magreza grave e somente 3,30% apresentaram valores de magreza moderada e leve. Dos indivíduos restantes, 12 (9,92%) apresentaram índice de obesidade bem acima do recomendado. |
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CONCLUSÕES:
Cerca de 72,6% dos indivíduos entrevistados apresentaram pelo menos algum tipo de morbidade. Desses, houve uma maior quantidade de homens (56%). Das morbidades observadas, a de maior freqüência foi a hipertensão, que apresentou pouca variação entre homens e mulheres. De acordo com a incidência de risco de morbidades, cerca de 16 % de homens e 26,08% das mulheres apresentaram índice de IMC com alto risco de incidência de morbidades. |
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Palavras-chave: Morbidades; Índice de massa corpórea; Envelhecimento. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |