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G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 3. Geografia | ||
SUSTENTABILIDADE TURÍSTICA: UMA PROPOSTA PARA O DESENVOLVIMENTO DAS POTENCIALIDADES HISTÓRICAS E NATURAIS DA MINA BREJUÍ – CURRAIS NOVOS – RN. | ||
Lenarte de Holanda Azevedo Silva. 1, 5 (Lenarte_holanda@hotmail.com), Eraldo Morais de Almeida 2, Elinete Luiza Lopes 3, Magno Marcio da Silva Justino 4 e Luzielie E. Visser 6 | ||
(1. Dept. de Ecologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.; 2. Dept. de Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.; 3. Dept. de Economia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.; 4. Dept. de Ciências Contábeis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN.; 5. Gerência de Formação, Centro Federal de Educação Tecnológia do Rio Grande do Norte - CEFET-RN.; 6. Gerencia de Recursos Naturais, Centro Federal de Educação Tecnológia do Rio Grande do Norte - CEFET.) | ||
INTRODUÇÃO:
Desde o princípio da ocupação do interior do Rio Grande do Norte pela pecuária, o bioma da Caatinga vem sendo modificado. Mais recentemente, o ciclo da xelita (em especial no Seridó, onde está localizado o alvo do estudo, a Mina Brejuí, em Currais Novos) provocou uma degradação considerável nesse bioma tão frágil. A necessidade da preservação e restauração da área está nos argumentos de que a mina está situada no semi-árido nordestino e, portanto, encravada no bioma da Caatinga, tendo clima seco de pluviosidade irregular, caracterizado pela flora rica em cactáceas, plantas xerófilas e animais com adaptações comportamentais. Esse ambiente passou por décadas de atividade mineradora sem nenhuma preocupação ambiental, o que levou a um impacto de proporções enormes. Atualmente, mesmo que timidamente, vem se processando o surgimento do turismo como novo ciclo de geração de emprego e renda. Para que se consiga o êxito no que se refere ao desenvolvimento de uma atividade turística, calcada na sustentabilidade, como o ecoturismo, uma das principais formas de geração de emprego e renda e proteção do meio ambiente, faz-se necessária a implementação de investimentos públicos e ou privados. Entretanto, pelo fato de a mina não constituir uma unidade de conservação, propõe-se que os recursos angariados com essa atividade abririam as portas para o surgimento de uma reserva ecológica particular. |
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METODOLOGIA:
A pesquisa, objeto deste projeto, se valeu de uma visão analítica do processo de degradação, revitalização e conservação ambiental, a partir de uma pesquisa bibliográfica e cartográfica (uso de cartas da SUDENE), desenvolvida dentro do CEFET-RN e UFRN. Os dados primários foram obtidos por meio de visitas a campo, entrevistas informais, observações, descrições e registros iconográficos (fotografias digitais e pontos georrefereciados com o uso de GPS), tendo em vista compreender a dimensão dos dados e informações no seu conjunto mais amplo de inter-relações. As entrevistas, observações, registros e georreferências foram feitas pelos alunos orientados dos cursos de Geografia e Controle Ambiental do CEFET-RN, Geografia, Ecologia, Economia e Ciências Contábeis da UFRN. Além disso, a pesquisa contou com a contribuição de professores de outras disciplinas afins. |
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RESULTADOS:
Percebe-se que a mina Brejuí tem uma potencialidade turística, fazendo-se necessária a criação de planos e programas, com o apoio do município, de modo a que sejam asseguradas a preservação e a valorização do patrimônio cultural e natural, além de serem estabelecidas normas de uso e ocupação do solo. Nesse sentido, o turismo figura como um grande filão no que diz respeito a um novo ciclo de desenvolvimento na região. Para isso, a localidade dispõe de inúmeras alternativas para a prática dessa atividade, como os túneis históricos da mina, bem como o Memorial Tomaz Salustino (feito em homenagem ao antigo proprietário da mina). No campo do turismo aventureiro, os 60 Km de túneis e galerias configuram um campo singular para a prática dos chamados esportes de aventura. Lá existem enormes formações rochosas propícias à prática de rapel. O treking seria outra opção, visto que a irregularidade do terreno confere a este um lugar apropriado para sua prática, além dos diversos pontos de escalada, propícios ao alpinismo. Esses são alguns esportes possíveis de serem praticados na mina e em seu entorno. As dunas minerais são o resultado do rejeito produzido durante os 54 anos de funcionamento da mineração. São compostas por vários minerais. O local é mais um dos pontos de visitação do complexo turístico e tem servido de cenário para luais, para treinamento de atletas, além de ser usado para seções de “energização”, atribuída à “irradiação positiva desses minerais”. |
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CONCLUSÕES:
Conclui-se que a área da Mina Brejuí é um local de extrema importância do ponto de vista ambiental e ecológico. Isso leva à concretização de uma opinião positiva no que diz respeito às potencialidades turísticas nos campos do ecoturismo, turismo aventureiro e histórico-cultural. Portanto, esses fatores levam a crer que essa proposta de turismo tenderia a promover um novo ciclo de desenvolvimento econômico, na região, desta vez pautado no desenvolvimento sustentável, ao contrário da antiga atividade mineradora ali empreendida durante décadas, com mínimas ou sequer nenhuma consciência ambiental. Para que isso se torne uma realidade, é necessária a participação da iniciativa pública e privada, utilizando-se da capacitação como ferramenta imprescindível para o desenvolvimento de um trabalho de educação e responsabilidade ambiental. |
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Trabalho de Iniciação Científica | ||
Palavras-chave: Degradação; Preservação; Sustentabilidade. | ||
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 |