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C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia
Psychotria conascoensis apresenta atividade antinociceptiva de natureza opióide
Adriana Sousa Barros 1 (barrosadri@yahoo.com.br), SAMARA GOMES MATOS 1, SILVÂNIA MARIA MENDES VASCONCELOS 1, Mary Anne Matos bandeira 4, Marta Regina Kerntopf 3, Holivânia Maria Pereira Canuto 2, Manassés Claudino Fonteles 3 e Nilberto Robson Falcão do Nascimento 2
(1. Curso de Enfermagem, CCS, Universidade Estadual do Ceará; 2. Faculdade de Veterinária, FAVET, Universidade Estadual do Ceará; 3. Curso de Medicina, Universidade Estadual do Ceará; 4. Departamento de farmácia, Farmacognosia, Universidade Federal)
INTRODUÇÃO:
A busca de novos compostos com atividade analgésica é uma prioridade da industria farmacêutica. Nesta perspectiva, abrem-se horizontes para pesquisa de plantas medicinais utilizadas na medicina popular para tratamento de processos dolorosos. Dentre estas plantas, encontra-se a Psychotria canascoensis, pertencente à família das Rubiaceaes. Suas folhas e raízes são utilizadas em várias regiões de país, particularmente no Norte e Nordeste, no tratamento de processos dolorosos. Segundo LEAL e ELISABETTSKY (1996), muitas plantas deste gênero são utilizadas popularmente como analgésicas. Estudos realizados por eles utilizando extrato etanólico da planta Psychotria brachypoda (Muell. Arg.) Britton, apresentou alcaloides com potencial atividade analgésica.
METODOLOGIA:
Inicialmente os animais foram observados durante 20s e selecionou-se aqueles com reação de um pulo ou lambida de patas O presente trabalho objetiva estudar possível ação opióide (tipo morfina) do extrato metanólico das folhas de Psychotria canascoensis (EMPc), através da estimulação sensitiva de camudongos em placa quente a 55,5°C. Para tanto, camundongos albinos Swiss machos, com peso entre 25 e 30 g, receberam aplicação intraperitoneal de 300mg/kg de EMPc. Decorridos 30, 60 e 90min do teste inicial, o tratamento prosseguiu verificando-se a reação dos animais, sendo que o tempo máximo de espera passou a ser 40s. No grupo controle, aplicou-se o veículo de diluição do extrato (tween 0,5% em salina). Em outro conjunto de experimentos, utilizou-se a naloxona 2mg/kg via subcutânea e seguiu-se o mesmo protocolo.
RESULTADOS:
O EMPc aumentou a latência para reação dolorosa de valores controles de 15,2±2 (t0); 13±1,2 (t30); 17,0±1,0(t60); 14,5±1,3(t90) para 13,4±1,4 (t0); 24,9±3,3 (t30)a; 27,3±3,2 (t60)a; 33,4±2,5(t90)a/n=10 efeito este que foi completamente bloqueado pela naloxona, antagonista opióide. O grupo pré-tratado com naloxona apresentou valores de latência dolorosa de 15,7±2,8 (t0); 10±5,1 (t30)b; 9,3±3,1(t60)a,b; 14,3±6,3(t90)b.
CONCLUSÕES:
O EMPc apresentou atividade antinociceptiva para estímulo algésico térmico e o mesmo foi bloqueado por naloxona, um antagonista opióide inespecífico. O efeito antinociceptivo da P.canascoensis é de natureza opióide.
Instituição de fomento: FUNCAP
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave:  fitoterapia; dor; analgesia.
Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005